Abstract

Objetivos: Analisar a presença de risco psíquico em um grupo de crianças pequenas com queixa de atraso de linguagem, em uma perspectiva interdisciplinar entre psicanálise e teoria enunciativa de linguagem, comparando a análise clínica a partir de distintos instrumentos de avaliação. Método: Pesquisa qualitativa de estudo de cinco casos na faixa etária de dois anos a quatro anos e quatro meses, com queixa de atraso de linguagem. O psicodiagnóstico foi realizado pela psicóloga através do IRDI-questionário, Childhood Autism Rating Scale(CARS) e Avaliação Psicanalítica dos Três anos(AP3), e a avaliação da linguagem foi realizada pela fonoaudióloga através da análise de vídeos, a partir dos princípios enunciativos. Resultados: As avaliações AP3 e IRDI-questionário demonstraram que os cinco casos tiveram ou têm risco psíquico, mas a avaliação de base psicanalítica foi mais sensível aos diferentes tipos de risco. A CARS detectou um caso de autismo. A visão enunciativa de avaliação da linguagem permitiu observar a relação entre aspectos psíquicos e funcionamento de linguagem, sobretudo quando considerado o processo de semantização da língua e o princípio da intersubjetividade. A intervenção precoce realizada pelo fonoaudiólogo pode diminuir risco psíquico quando atravessada pelas teorias psicanalítica e enunciativa. Conclusão: As teorias psicanalítica e enunciativa foram complementares na detecção de risco psíquico e avaliação de linguagem nos casos de atraso na aquisição da linguagem, demonstrando que seus instrumentos foram efetivos na diferenciação diagnóstica.

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