Abstract
O artigo aborda um acontecimento inusual em que se cruzam a história da psicanálise e a da esquerda marxista: a renúncia, por motivos ideológicos, de dois grupos à associação argentina. O trabalho procura ir além do testemunho dos protagonistas e interrogar os relatos fixados sobre o acontecimento. Para isso explora, a partir dos anos de 1960, as condições e as alternativas desse encontro entre Freud e Marx, particularmente no âmbito universitário (a Faculdade de Filosofia e Letras da UBA), na organização corporativa profissional (a Federação Argentina de Psiquiatras) e em organizações políticas da época (o Partido Comunista e o peronismo revolucionário).
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