Abstract
Objetivou-se determinar as respostas fisiológicas e bioquímicas associadas ao uso de etileno e 1-metilciclopropeno (1-MCP) na conservação pós-colheita de lichias, assim como a influência desses tratamentos isolados ou combinados no escurecimento desses frutos. Após a colheita, foram aplicados os seguintes tratamentos: sem aplicação de 1-MCP ou etileno; etileno (20µL L-1, por 6 horas); 1-MCP (300nL L-1, por 12 horas) e etileno (20µL L-1, por 6 horas) + 1-MCP (300nL L-1, por 6 horas). Após os tratamentos, os frutos foram armazenados a 5°C e 90% UR durante 30 dias, sendo avaliados a cada 10 dias (+3 dias de comercialização simulada a 25°C e 65% UR). Avaliou-se a produção de etileno, taxa respiratória, sólidos solúveis (SS), perda de massa fresca, coloração (luminosidade - L* e a*) e atividade da polifenoloxidase (PPO). A produção de etileno e taxa respiratória não apresentaram diferenças significativas entre os tratamentos e os SS decresceram ao longo do armazenamento, mas também sem diferenças entre os tratamentos. A atividade da enzima PPO foi aumentada, sendo correlacionada com os índices decrescentes de L* e a* presentes nos frutos, ocorrendo, paralelamente, aumento da perda de massa dos frutos. Conclui-se que o escurecimento do pericarpo da lichia está relacionado à perda de massa fresca e aumento da atividade da PPO e que nenhum dos tratamentos utilizados evitou o escurecimento dos frutos.
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