Abstract

Com o desenvolvimento e a crescente atualização da Avaliação Psicológica como área, prática e formação, os diferentes desafios enfrentados pelos psicólogos atuantes nesta temática têm sido discutidos. É pouco comum, contudo, a discussão das práticas e competências dos profissionais que atuam na Concessão de Porte de Arma de Fogo. Com o objetivo de conhecer estas atividades e este contexto de trabalho, foram entrevistados 14 psicólogos atuantes como peritos em concessão de porte de arma de fogo em um estado do Sudeste, sendo todos do sexo feminino, com idades entre 30 e 60 anos (M = 39,1 anos, DP = 7,1 anos). Os resultados apontam que a falta de formação voltada para a peritagem em porte de arma de fogo, bem como a formação deficitária em Avaliação Psicológica, podem conduzir a percepções negativas dentro deste contexto de atuação. A preocupação burocrática e documental que envolve esta avaliação, a falta de parâmetros para avaliação de perfil dos avaliados e o problema do descrédito do psicólogo como avaliador surgiram como temáticas adjacentes, suscitando a discussão do papel da formação na disseminação de melhores práticas profissionais.

Highlights

  • Of study, practice, and training, the various challenges faced by psychologists working in this area have been discussed

  • Assim como as armas possuem um passado longínquo, também a Avaliação Psicológica (AP) se encaixa nesta posição: registros apontam para relatos de uso dos primeiros testes psicológicos na seleção de funcionários civis na China (Dubois, 1970, apud Pasquali, 2009)

  • Levando em consideração a existência de pouca produção científica sobre avaliação psicológica para concessão de porte de arma de fogo, este trabalho tem como objetivo conhecer as práticas, competências e aspectos de formação dos profissionais que atuam no campo da avaliação pericial

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Summary

Avaliação psicológica e porte de arma

Em consonância com o desenvolvimento dos processos de AP, as Legislações sobre Armas de Fogo tiveram início na década de 1990 com a criação e instituição do Sistema Nacional de Armas (SINARM) por meio da Lei no 9.437, de 20 de fevereiro de 1997. O. Conselho Federal de Psicologia (CFP), diante da falta de legislações que normatizassem ou respaldassem a atuação do psicólogo, promulgou em 2008 a resolução no 18 (CFP, 018/2008), dispondo sobre o trabalho do profissional de Psicologia na Avaliação Psicológica para concessão de registro e/ou Porte de Arma de Fogo. Levando em consideração a existência de pouca produção científica sobre avaliação psicológica para concessão de porte de arma de fogo, este trabalho tem como objetivo conhecer as práticas, competências e aspectos de formação dos profissionais que atuam no campo da avaliação pericial. Arma de fogo foi formado por 21 questões, que abrangiam perguntas sobre a formação dos participantes, a obtenção do título de perito e os requisitos necessários para o procedimento, as práticas de avaliação psicológica executadas pelos profissionais, as particularidades da avaliação do candidato ao porte e os desafios e influencias na área. Realizou-se um recorte com 11 questionamentos sobre a inserção dos psicólogos na área de Porte de Arma de Fogo, suas especificidades e desafios

Procedimentos de coleta e análise de dados
Resultados e Discussão
Considerações Finais
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