Abstract

O feijão (Phaseolus vulgaris, L. ) é uma leguminosa de grande importância para a dieta da população brasileira. No entanto, um de seus maiores problemas é representado pelo baixo valor nutricional de suas proteínas, decorrente, por um lado, da sua baixa digestibilidade e, de outro, do teor e biodisponibilidade reduzidos de aminoácidos sulfurados. Com o objetivo de avaliar a digestibilidade das proteínas albumina e globulina do feijão preto sem casca, foram realizados ensaios biológicos com camundongos isentos de germes e convencionais e com ratos (Wistar), recém-desmamados, com idade de 21 a 25 dias. Avaliou-se ainda o Escore Químico Corrigido pela Digestibilidade da Proteína. A digestibilidade verdadeira no experimento com camundongos isentos de germes foi de 90,21 e 90,00%, no teste com camundongos convencionais foi de 85,53 e 86,73%, e no experimento com ratos foi de 82,62 e 68,53%, para albumina e globulina, respectivamente. O Escore Químico Corrigido pela Digestibilidade da Proteína foi de 61,00% para a albumina e 51,00% para a globulina. A digestibilidade determinada em animais isentos de germes foi superior aos valores encontrados em animais convencionais, sugerindo que a flora intestinal esteja contribuindo para elevar o teor de nitrogênio nas fezes dos animais convencionais, e, portanto, esteja sendo subestimada a digestibilidade verdadeira do feijão.

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