Abstract

Avaliou-se o comportamento mecânico do polímero de mamona, tendo por variáveis o tempo de produção e a presença de catalisador, e utilizando como padrão comparativo o cimento ósseo (polimetilmetacrilato). Foram estabelecidos três grupos experimentais, de acordo com o tipo de corpo de prova (cilindro ou barra) e polímero utilizado, que foram posteriormente subdivididos em subgrupos conforme o tempo após produção, ou seja, 24, 48 e 72 horas. O ensaio de compressão analisou a carga máxima e a tensão e o ensaio de dobramento estudou o módulo de dobramento e a resistência. Estatisticamente não houve diferenças nos valores de resistência à compressão ou ao dobramento às 24, 48 e 72 horas após a produção do polimetilmetacrilato e da poliuretana, com ou sem catalisador. A poliuretana com catalisador foi a mais resistente nos ensaios de compressão, apresentando módulo de dobramento semelhante ao do polimetilmetacrilato e resistência ao dobramento superior à da poliuretana sem catalisador. Conclui-se que: o tempo não alterou as propriedades mecânicas dos compósitos avaliados; o catalisador melhorou o desempenho mecânico da poliuretana de mamona; na resistência mecânica à compressão, a poliuretana com catalisador suportou mais carga que o polimetilmetacrilato.

Highlights

  • O cimento ósseo polimetilmetacrilato é amplamente utilizado em procedimentos ortopédicos, seja para a fixação de próteses ou parafusos ao osso, para a estabilização de vértebras em pacientes osteoporóticos, ou como material preenchedor de cavidades ósseas e defeitos cranianos (Fukushima et al, 2002; Nussbaum et al, 2004; Frazer et al, 2005)

  • Ressalta-se que a maioria das publicações referentes ao emprego do polímero de mamona está associada a estudos in vivo, que analisaram biocompatibilidade, capacidade de estimulação na neoformação óssea, osteointegração e toxicidade (Kfuri et al, 2001; Rezende et al, 2001; Ignácio et al, 2002; Ziliotto et al, 2003; Laranjeira et al, 2004; Bolson et al, 2005; Pereira-Júnior et al, 2007), mas há poucos relatos sobre suas propriedades mecânicas (Claro Neto, 1997; Kfuri et al, 2001; Silva et al, 2001; Ferneda et al, 2006)

  • Pode-se concluir que: não há efeito do tempo nas propriedades mecânicas de compressão e dobramento em todos os compósitos avaliados; o catalisador melhora o desempenho mecânico da poliuretana de mamona; na resistência mecânica à compressão, a poliuretana com catalisador suporta mais carga que o polimetilmetacrilato

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Summary

Introduction

O cimento ósseo polimetilmetacrilato é amplamente utilizado em procedimentos ortopédicos, seja para a fixação de próteses ou parafusos ao osso, para a estabilização de vértebras em pacientes osteoporóticos, ou como material preenchedor de cavidades ósseas e defeitos cranianos (Fukushima et al, 2002; Nussbaum et al, 2004; Frazer et al, 2005). Dessa forma, o objetivo deste trabalho foi avaliar o comportamento mecânico do polímero de mamona, quanto à carga máxima e à tensão à compressão, ao módulo e à resistência ao dobramento, tendo por variáveis o tempo de produção e a presença de catalisador, e utilizando como padrão comparativo o polimetilmetacrilato.

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