Abstract
O principal objetivo deste artigo é ampliar o atual cenário teórico da área “Ergonomia de Projeto”, de acordo com a teoria do conhecimento de criação/inovação, e seus conceitos de virtual e subjetividade no trabalho. Este artigo teórico-conceitual objetiva esclarecer, sob um novo ponto de vista, as relações entre inovação e os atuais esforços em direção a uma teoria científica do conhecimento no Trabalho, com sua complexa estrutura de teorias, hipóteses e disciplinas. Há, neste artigo, uma nova abordagem para compreender o Projeto Ergonômico Contemporâneo, segundo um tipo de abordagem sócio-epistemológica em Engenharia, iniciada por Markus F. Peschl, na Universidade de Viena. Os métodos empregados foram revisão sistemática e adaptação dos conceitos dessa abordagem sócio-epistemológica em engenharia, no atual contexto dos princípios epistemológicos e ontológicos da Ergonomia de Projeto.
Highlights
A epistemologia da Ergonomia já registrou, em diferentes campos do conhecimento interdisciplinar sobre o trabalho (DANIELLOU, 2004) que, ontologicamente, trabalhar é colocar a interioridade, o tempo não-cronológico, o virtual enquanto duração “durée” (PASTRÉ, 2005; BERGSON, 1999, 2004), e a subjetividade – categorias subjetivas – em serviço, ou a serviço da produção objetiva
A contribuição deste trabalho vai no sentido de incrementar a inovação via um sistema diferenciado de elaboração e desenvolvimento do projeto inovador
Questões epistemológicas em ergonomia e em análise do trabalho
Summary
A “Abordagem Sócio-Epistemológica em Engenharia” (PESCHL, 2006), desenvolvida por Markus F. Aqui, um objetivo específico de contribuir para as áreas da Engenharia de Produção, envolvidas em: a) Inovação; b) Projeto de Processos (em especial, os de Trabalho), Sistemas e Produtos; c) Gestão do Conhecimento; d) Ergonomia do Produto e Desenvolvimento; Demonstrar-se-á a pertinência da dinâmica virtual-atual (abaixo descrita), para a noção de projeto, enquanto um processo dinâmico de inovação, que se pode aplicar nos processos produtivos, industriais e de serviços. A inovação é um requisito de competitividade; e o projeto inovador não opera mais numa lógica de racionalidade instrumental plena (WHITE, 1995), e sim, como já bem demonstrado na economia e nas ciências da gestão, pelo que alguns autores denominam (com base no pensamento de Simon) de “racionalidade interativa” – “rationalité interactive” A racionalidade interativa permite lidar com ambientes instáveis da produção contemporânea, segundo este autor
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