Abstract

O artigo analisa como a produção historiográfica de Voltaire opera com os conceitos de progresso e decadência. Procura-se demonstrar como o filósofo francês articula os dois conceitos em seus comentários de vários episódios da história mundial. Para Voltaire, o progresso depende da formação de elites capazes de conduzir as sociedades de maneira racional. Porém, quando essas elites se corrompem e transformam sua liderança em opressão, ou quando se alienam dos problemas de seus povos, apresenta-se a possibilidade de declínio. O texto também examina como Voltaire apresenta as principais características do progresso e da decadência. Dessa maneira, seu objetivo é contribuir para a compreensão da história filosófica do século XVIII, frequentemente apontada como um dos pontos de partida da historiografia contemporânea.

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