Abstract
Este artigo aborda a questão da morte no cotidiano de trabalho de profissionais funerários. Profissionais de funerária têm condições de trabalho com risco físico e psíquico com possibilidade de desenvolvimento de burnout. Há sobrecarga de trabalho, contato com famílias enlutadas, sem ter preparo para essas tarefas. Não escolheram sua profissão, não têm capacitação nem órgão de classe que os represente. São vistos com desconfiança quando os trabalhos são cobrados ou há demora para realizar os trâmites necessários. São analisados fatores que podem tornar seu trabalho difícil: mortes violentas, suicídio, corpos deteriorados e crianças. Consideramos esses profissionais como cuidadores do corpo morto e de famílias enlutadas. São discutidas formas de cuidados a esses profissionais: luto, famílias, expressão de sentimentos e rituais, e também responder às questões pessoais. Foram oferecidas informações e esclarecimentos sobre modalidades de cuidado pessoal e psicológico.
Highlights
This paper deals with the death issue in funerary workers’ everyday work
São frequentes as visitas de crianças de escolas públicas e privadas, devendo-se ressaltar o programa “Amigos do Zippy”2, em que crianças visitam cemitérios como forma de educação para morte, desmistificando o tabu, aprendendo a compreender um ritual tão pouco valorizado na sociedade atual
Reorganiza sob forma autárquica o Serviço Funerário do Munícipio de São Paulo, e dá outras providências
Summary
Há poucas referências na bibliografia especializada em tanatologia envolvendo o trabalho de profissionais de serviços funerários em relação à morte. Realizamos a busca de artigos sobre profissionais de serviços funerários nas bases de dados e em periódicos especializados na área de estudos sobre a morte, como o Omega, Journal of Death and Dying e Death Studes nos anos de 2009-2012, e não encontramos nenhum artigo sobre o tema. Entrando no indexador Scielo com os termos profissionais de funerária ou agentes funerários, não encontramos nenhum artigo. Com o termo morte sem outro qualificativo, encontramos 2.922 artigos e nenhum sobre o tema deste estudo. Tomamos como base também o curso “Morte e os profissionais do Serviço Funerário do Município de São Paulo”, coordenado e ministrado pelas autoras deste artigo em uma parceria entre o Laboratório de Estudos sobre a Morte do Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo (USP) e o Serviço Funerário do Município de São Paulo
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