Abstract

Neste artigo, são levantadas questões sobre os atuais esforços para a “reforma” educacional em andamento em várias nações. São atualizados e ampliados os argumentos de inspiração gramsciana sobre o crescente poder do senso comum direitista, presentes na obra Educating the “Right” Way (Apple, 2006). Neste processo, são utilizadas pesquisas e argumentos baseados nas experiências inglesa, americana, neozelandesa e escandinava para documentar alguns dos efeitos ocultos de duas estratégias conectadas – propostas de mercado inspiradas no neoliberalismo com ênfase no que denominamos de “democracia frágil”, baseadas na escolha individual do consumidor em vez de “democracia espessa” com base na participação coletiva plena; e propostas reguladoras inspiradas no neoliberalismo, neoconservadorismo e no gerencialismo de classe média, que reforçam o poder da “cultura de auditoria”.

Highlights

  • Neste artigo, são levantadas questões sobre os atuais esforços para a “reforma” educacional em andamento em várias nações

  • En este proceso se utilizan investigaciones y argumentos basados en las experiencias inglesa, americana, neozelandesa y escandinava para documentar algunos de los efectos ocultos de dos estrategias conectadas: propuestas de mercado basadas en el neoliberalismo, con énfasis en lo que llamamos “democracia frágil”, basadas en la elección del consumidor individual en lugar de la “democracia gruesa” basada en la participación colectiva plena; y propuestas de regulación basadas en el neoliberalismo, el neoconservadurismo y en el gerencialismo de clase media, que refuerzan el poder de la “cultura de la auditoría”

  • Atualizo e amplio os argumentos inspirados em Gramsci que defendi referentes ao crescente poder do bom-senso direitista no Educating in the “right” Way [Educar da maneira “direitista”] (Apple, 2006)

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Summary

Virada à direita

Em sua influente história nos debates curriculares, Herbert Kliebard documentou que as questões educacionais têm consistentemente envolvido grandes conflitos e compromissos entre grupos com visões conflitantes de conhecimentos “legítimos”, que determinam o que é “bom” ensino e aprendizagem e o que é uma sociedade “justa” (Kliebard, 1995). Esses sentimentos ecoam nos pronunciamentos públicos de figuras como William Bennett, E.D. Hirsch Jr., Diane Ravitch e outros, os quais parecem acreditar que o progressismo está agora na posição dominante na política e na prática educacional e destruiu um passado valorizado (ver, por exemplo, Ravitch, 2000; Ravitch, 2005; Apple, 2001). Essas estratégias também envolvem não apenas apresentar sua própria posição como “bom-senso”, mas também, em geral, tacitamente implica que há algo de uma conspiração entre os próprios adversários, de negar a verdade, para se dizer apenas o que está “na moda” (Gillborn, 1997b, p.353). É difícil não ver essas características em alguns trabalhos da literatura conservadora, tal como em Herrnstein e Murray (1994), que divulgam a “verdade” impensável sobre a genética e a inteligência, ou na “brutal” discussão mais recente de E. Obviamente, existe uma necessidade de responder à complexidade; mas também existe uma necessidade de não marginalizar leitores correligionários discretos

Mercados e performance
Falsas esperanças
Conectando mercados e testes
Privilegiando o privilégio
Gerencialismo e profissionalismo
Criando uma triagem educacional
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