Abstract

A escassez de material didático para o ensino de temas ligados à educação em saúde compromete a promoção de estratégias de prevenção/combate a doenças dentro da comunidade surda, visando dinamizar esse acesso, os vídeos educativos merecem atenção. O presente trabalho objetivou produzir e avaliar vídeos em Libras tornando conhecimentos educativos em saúde acessíveis ao público surdo. Para a produção dos vídeos foi selecionado o conteúdo para posterior tradução para Libras, criação de layout em animações, filmagem e edição, com uso dos programas PowToon®, Windows Movie Make® e Camtasia Studio® 8.6. Sete alunos surdos e sete intérpretes das escolas estadual e municipal de Maranguape, Ceará, avaliaram os vídeos a partir de questionários. Foram produzidos dois vídeos versando sobre dengue e tuberculose. Por meio dos posicionamentos quanto aos vídeos, pôde-se inferir que embora os intérpretes reconheçam as implicações do uso dos mesmos como ferramenta didática e admitam a eficiência desse recurso os mesmos se limitam a carência da disponibilização de materiais adequados para suas práticas pedagógicas. Os surdos afirmaram que os vídeos são estimulantes e aceitaram positivamente seu uso na aprendizagem, bem como se observou a motivação em poder opinar e contribuir para realização da pesquisa, ressaltando a importância da promoção de trabalhos que fortaleça a cultura e identidade surda. Espera-se com esse trabalho explorar novas aquisições de aprendizagem e encorajar outras pesquisas, tendo em vista o melhor aproveitamento de recursos tecnológicos na produção de materiais pedagógicos acessíveis para se trabalhar com a surdez, vislumbrando aplicações em outras áreas.

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