Abstract
O objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito do pastejo animal sobre a produção de forragem e sobre os componentes estruturais dos pastos das cultivares Marandu, Xaraés e Piatã de Brachiaria brizantha. O delineamento experimental foi o de blocos ao acaso, com três tratamentos e duas repetições. Os piquetes com 2 ha foram subdivididos em dois e submetidos a pastejo alternado, com 28 dias de utilização e 28 dias de diferimento. Foram utilizados três animais avaliadores por piquete, e animais reguladores foram adicionados e retirados de cada piquete, para manter resíduos pós-pastejo em torno de 3 Mg ha-1 de matéria seca. Os pastos foram amostrados, no pré e no pós-pastejo, a fim de se estimarem a massa de forragem e a proporção dos componentes morfológicos. A massa de forragem no pré-pastejo foi superior para a cultivar Xaraés, quando comparada à Marandu; a cultivar Piatã apresentou massa semelhante às das outras duas. As principais diferenças nas estruturas dos dosséis, entre as cultivares, foram acúmulo de colmo e, conseqüentemente, redução na relação lâmina foliar:colmo, na cultivar Piatã no período das águas e na Xaraés no período seco, o que indica que o manejo do pastejo deve ser diferenciado para essas cultivares. À semelhança da 'Marandu', as cultivares Xaraés e Piatã são bem adaptadas aos solos do Cerrado e são alternativas à diversificação de forragem.
Highlights
Estima-se que 50% das áreas de pastagens cultivadas na região Centro‐Oeste (Macedo, 2005) e 65% na região Norte (Dias‐Filho & Andrade, 2005) são formadas por Brachiaria brizantha cultivar Marandu
Os resíduos com maior PCo e menor PMM foram observados: para a cultivar Piatã – durante o período das águas; e para a cultivar Xaraés – durante o período seco, acompanhando as mesmas variações observadas para esses componentes estruturais do dossel no pré‐pastejo (Tabela 1)
1. As principais diferenças nas estruturas dos dosséis são acúmulo de colmo e, conseqüentemente, redução na relação lâmina foliar:colmo, na cultivar Piatã no período das águas, e na cultivar Xaraés no período seco, o que sugere que o manejo do pastejo deve ser diferenciado para essas cultivares
Summary
Este experimento foi conduzido na Embrapa Gado de Corte (20o27'S, 54o37'W e altitude de 530 m), Campo Grande, MS, de maio de 2001 a abril de 2004. O solo da área experimental é classificado como Latossolo Vermelho distrófico, com teores de argila entre 36 e 41% (Embrapa, 1999). Em janeiro de 2000, a área experimental foi corrigida e adubada com 3 Mg ha‐1 de calcário dolomítico (PRNT = 75%), 80 kg ha‐1 de P2O5 e de K2O, e 32 kg ha-1 de FTE BR-12. Em dezembro de 2003, foram aplicados, em cobertura, 2 Mg ha‐1 de calcário dolomítico (PRNT = 75%), a fim de manter os níveis de saturação por bases do solo acima de 40%. Animais reguladores da mesma categoria foram colocados e removidos de cada piquete, de acordo com a disponibilidade de forragem, o que assegurou, entre os tratamentos, resíduo pós‐pastejo em torno de 3 Mg ha‐1 de matéria seca.
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