Abstract

RESUMOO uso eficiente de água salina depende da tolerância da cultura e da adoção de tecnologia que reduzam o efeito da salinidade. O trabalho foi desenvolvido em Mossoró-RN, para avaliar o uso do bioestimulante Stimulate® e da salinidade na cultura do feijão caupi. O delineamento experimental utilizado foi o inteiramente casualizado em esquema fatorial 4 × 4, sendo quatro concentrações salinas na água de irrigação (0,5; 2,0; 3,5 e 5,0 dS m-1) e quatro de bioestimulante aplicadas através de pulverização (0; 0,5; 1,0 e 1,5 L ha-1), com quatro repetições. Foram analisadas as seguintes variáveis: número de vagens por planta, comprimento das vagens, número de grãos por vagem, produção de grãos e índice de colheita. A análise estatística dos dados revelou que houve interação significativa entre os fatores para a maioria das variáveis. O uso de concentrações elevadas de bioestimulante potencializou o efeito deletério da salinidade da mesma forma como o uso de água com alta salinidade inibiu o efeito do bioestimulante no rendimento da cultura. O uso do bioestimulante Stimulate® com concentrações de 0,5 a 0,75 L ha-1proporcionou aumento na produção de grãos de feijão caupi desde que a irrigação tenha sido realizada com água de condutividade elétrica menor que 3,5 dS m-1.

Highlights

  • O feijão caupi (Vigna unguiculata (L.) Walp.) é uma das leguminosas mais consumidas no Norte e Nordeste do Brasil, representando importante fonte de proteína, energia, fibras e minerais, além de gerar emprego e renda

  • Em trabalho desenvolvido por Assis Júnior et al (2007) não foi observado efeito da salinidade sobre o número de grãos por vagem (NGV); em contrapartida, Furtado et al (2014) verificaram que plantas irrigadas com água salina apresentaram reduções lineares nesta variável com perdas de 1,46 grão por vagem por aumento unitário da condutividade elétrica, resposta próximo à obtida neste trabalho para a concentração B2

  • Comparando as máximas produções com as obtidas na ausência de bioestimulante (0,0 L ha-1), verificou-se que o aumento da salinidade reduziu a eficiência do bioestimulante de vez que houve maior aumento (43%) na menor salinidade (0,5 dS m-1) reduzindo para 33% na salinidade 2,0 dS m-1 e aumento de 22% na salinidade de 3,5 dS m-1 (Figura 4B)

Read more

Summary

Material e Métodos

O experimento foi realizado nos meses janeiro a março de 2014 em casa de vegetação localizada na área experimental do Departamento de Ciências Ambientais e Tecnológicas da Universidade Federal Rural do Semi-Árido (UFERSA), em Mossoró, RN, Brasil (5o 11’ 31” S; 37o 20’ 40” W; altitude de 18 m). FA – Franco Arenoso; CC – Capacidade de campo para ψm = –10 kPa; PMP – Ponto de murcha permanente para ψm = -1500 kPa; Ds – Densidade do solo ou aparente; DP – Densidade de partículas irrigação (que resultaram nas seguintes condutividades elétricas: S1-0,5; S2-2,0; S3-3,5 e S4-5,0 dS m-1) com quatro concentrações de bioestimulante (B1-0; B2-0,5; B3-1,0 e B4-1,5 L ha-1). Cada unidade experimental foi representada por um vaso plástico com capacidade para 25 kg de solo, contendo duas plantas. Carnaubais; aos cinco dias após a emergência foi realizado o desbaste deixando-se duas plantas por vaso; após o desbaste foram iniciados os tratamentos referentes ao manejo de irrigação com águas salinas. Todas as aplicações foram realizadas no período da manhã utilizando-se o mesmo pulverizador, com um bico cônico, tendo-se o cuidado de realizar a tríplice lavagem após a aplicação de cada concentração. Determinou-se ainda o índice de grãos (IG) a partir da relação entre a massa seca de vagens e de grãos, utilizando-se a Eq 1; utilizou-se amostragem de cinco vagens por vaso

MG MV
Resultados e Discussão
Findings
Literatura Citada
Full Text
Published version (Free)

Talk to us

Join us for a 30 min session where you can share your feedback and ask us any queries you have

Schedule a call