Abstract
O estudo avalia a implantação do Centro de Referência Regional em Saúde do Trabalhador da Região Oeste do estado do Rio Grande do Sul (Cerest Oeste), mediante o diagnóstico do perfil ocupacional e de saúde do trabalhador em Alegrete, e propõe estratégias para viabilizar este processo e subsidiar o seu planejamento. Desenvolveu-se um estudo retrospectivo com base em análise quantitativa de dados secundários de bancos institucionais, referentes ao período de 2000 a 2009, e análise qualitativa por meio de entrevistas semiestruturadas com informantes-chave envolvidos no processo de implantação do Cerest. Evidenciou-se que a principal barreira na implantação foi a falta de articulação entre as diferentes esferas de gestão. Isso dificultou a definição de responsabilidades que dessem conta do caráter regional do Centro e implicou em problemas de infraestrutura e recursos humanos. A definição precoce da equipe e o envolvimento do controle social desde a fase de projeto podem auxiliar no enfrentamento das dificuldades. Faz-se necessário também ampliar as informações epidemiológicas em saúde do trabalhador e facilitar o acesso a elas de forma a instrumentalizar o planejamento das ações do Centro.
Highlights
O movimento em prol da saúde do trabalhador no Brasil tem como marco os anos 1970, com ações em defesa do direito ao trabalho digno e saudável
The authors carried out a retrospective study concerning the period 2000 to 2009 based on quantitative analysis of secondary data from institutional databases, and qualitative analysis through semi-structured interviews with the key-informers involved in the Centros de Referência em Saúde do Trabalhador (Cerest) implanting process
They observed that the main trouble in implementing the Center was the lack of articulation among the different administrative levels
Summary
Cerest: Centro de Referência em Saúde do Trabalhador RINA: Relatório Individual de Notificação de Agravos FIS: Ficha Individual de Notificação de Suspeita de Agravo SIST: Sistema de Informações em Saúde do Trabalhador. De acordo com o Censo do IBGE (INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA, 2000), último a coletar dados sobre mercado de trabalho em Alegrete, observou-se que os cinco grandes grupos de ocupação (CBO) com maior número de trabalhadores no município foram os trabalhadores dos serviços e vendedores do comércio em lojas e mercados (33%), seguidos dos trabalhadores da produção de bens e serviços industriais (18%), agropecuários, florestais, de caça e pesca (16%), serviços administrativos (7%) e forças armadas, policiais e bombeiros militares (6%). A Tabela 1 apresenta os resultados da análise dos RINA coletados no período de julho de 2008 a junho de 2009 pela unidade de referência em saúde do trabalhador. Observando a morbidade, verificou-se que 54,5% dos diagnósticos eram devidos a lesões, envenenamentos e outras causas externas e 45,5% devidos a doenças do sistema osteomuscular e tecido conjuntivo, sendo que a síndrome do supraespinhoso/ manguito rotador foi o diagnóstico mais frequente.
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