Abstract

Introdução: Os distúrbios hipertensivos são condições comuns durante a gestação e é é uma das principais causas de parto prematuro e um importante fator de risco para futuras doenças cardiovasculares e metabólicas. Aproximadamente 50% das gestantes com pré-eclâmpsia apresentam elevação da pressão arterial por volta do quinto dia após o parto e a hipertensão pós-parto é responsável por 15-20% das readmissões e visitas ao pronto-socorro. Objetivo: Tendo em vista tais aspectos, o trabalho a seguir tem como objetivo analisar os fatores que facilitam a monitorização e o controle da pressão arterial em puérperas. E investigar as medidas adotadas para monitorar e controlar a pressão arterial pós-parto. Metodologia: Foi realizada uma revisão integrativa da literatura no mês de junho de 2024, utilizando os descritores “Hypertension”, “Postpartum Period” e “Medication Therapy Management”, através das bases de dados PUBMED e BVS. Foram incluídos 12 artigos para a elaboração do presente trabalho. Resultados e Discussões: Cerca de 15% das mulheres com pré-eclâmpsia pós-parto tardia já haviam tido pré-eclâmpsia em uma gravidez anterior. Mulheres com essa condição mostraram pressão arterial mais elevada em consultas pós-parto e ≥3 meses após o parto. Em uma pesquisa, 319 mulheres foram monitoradas e cerca de 30 mulheres procuraram atendimento em pronto-socorro e/ou clínicas de atenção primária dentro de 42 dias após o parto, devido a complicações relacionadas ao distúrbio hipertensivo. Os fatores de risco significativos identificados foram o uso múltiplo de anti-hipertensivos antes e/ou após o parto e alterações laboratoriais de hipertensão gestacional pós-parto. Na África do Sul investigou as principais medicações utilizadas em pacientes diagnosticadas com pré-eclâmpsia que interromperam a gestação por via obstétrica. Identificou-se que, no período pré-parto e nos dias 0 a 2 pós-parto, a alfa-metildopa foi o anti-hipertensivo mais utilizado. A hidroclorotiazida foi predominantemente empregada no terceiro dia. Nos dias 0 a 3 pós-parto, os regimes à base de anlodipina constituíram a terapia combinada mais comum. Por fim, a nifedipina foi o agente anti-hipertensivo de ação rápida mais utilizado em ambos períodos. Além disso, observou-se que o terceiro dia do puerpério apresentava o maior número de readmissões, sugerindo a necessidade de monitorar a pressão arterial das pacientes por pelo menos 24 a 48 horas após o parto, como medida preventiva para reduzir a frequência de retornos ao serviço de saúde. Conclusão: Os achados deste estudo destacam a importância de um monitoramento rigoroso e contínuo da pressão arterial em puérperas para prevenir complicações e melhorar os resultados de saúde materna. A monitorização rigorosa permite ajustes personalizados nas terapias anti-hipertensivas, garantindo que cada mulher receba a dose e o tipo de medicação mais apropriados para sua condição específica.

Full Text
Paper version not known

Talk to us

Join us for a 30 min session where you can share your feedback and ask us any queries you have

Schedule a call