Abstract
Objetivo: estimar a prevalência e preditores de diabetes mellitus gestacional (DMG) em um serviço de alta complexidade. Metodologia: trata-se de um estudo observacional, analítico, retrospectivo e de coorte realizado em um serviço hospitalar de alta complexidade para gestantes. Dados de 421 gestantes foram incluídos no estudo, sendo a classificação de DMG realizada segundo os critérios da International Association of Diabetes and Pregnancy Study Group (IADPSG). Resultados: a prevalência de DMG foi de 18,5%. Quanto aos fatores de risco, gestantes que tiveram glicemia em jejum alterada tiveram uma probabilidade 16% maior de ter DMG. Alteração no teste oral de tolerância à glicose (TOTG 1h) indicou 6% mais chances para DMG do que aquelas sem alteração no TOTG 1h. Conclusão: a DMG é uma desordem de alta prevalência, associada com desfechos negativos para mães e bebês, sendo considerado um problema de saúde pública. O manejo adequado e precoce, muitas vezes envolvendo mudanças simples no estilo de vida, pode resultar em resultados altamente satisfatórios tanto para as gestantes quanto para seus filhos.
Highlights
A prevalência de diabetes mellitus gestacional identificada na amostra foi de 18,5%, acometendo 78 gestantes
diabetes mellitus gestacional (DMG): Diabetes mellitus gestacional, classificado conforme os critérios da International Association of Diabetes and Pregnancy Study Group (2010); IMC: Índice de massa corporal; TOTG: Teste oral de tolerância à glicose. * U de Mann-Whitney; ** qui-quadrado
Débora Fiorentin Vandresen – 10% Geraldo Emílio Vicentini – 10% Aramis Karam de Araújo – 10% Marcelo Gressler Righi – 10% Guilherme Welter Wendt – 10%
Summary
As formas de hiperglicemia diagnosticadas durante a gravidez incluem i) diabetes prégestacional (diabetes prévio à gravidez – tipos 1, 2 ou outros -, onde os níveis de hiperglicemia satisfazem os valores diagnósticos para diabetes fora da gestação) e ii) diabetes gestacional, entendido como uma condição mais leve e menos heterogênea (Ministério da Saúde, 2012; Medforth, Ball, Walker, Battersby, & Stables, 2017). Em uma pesquisa prévia que adotou o modelo proposto pelo Ministério da Saúde (2012), Souza et al (2014) constataram inadequação no rastreio do DMG em mais de 90% das gestantes atendidas. Apenas 46% das gestantes tiveram a primeira solicitação de glicemia em jejum (GJ) na época correta (primeiro trimestre) e somente 37,9% realizaram o exame em até 30 dias após a solicitação, tempo considerado adequado (Souza et al, 2014). O início tardio do pré-natal também foi apontado como um possível obstáculo, pois apesar de o número médio de consultas (sete)ter sido maior do mínimo que preconizado pelo Ministério da Saúde (seis), o atraso causado na solicitação e interpretação dos exames pode comprometer o correto diagnóstico de DMG (Souza et al, 2014).
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