Abstract
O objetivo deste estudo é avaliar a prevalência e fatores associados à DTM em estudantes concludentes do curso de Fisioterapia. Trata-se de um estudo transversal, realizado com estudantes do oitavo ao décimo período, por meio da aplicação de questionários, visando identificar o perfil sociodemográfico e acadêmico, hábitos parafuncionais, severidade da DTM e o nível de ansiedade. Os dados foram analisados no programa Statistical Package for the Social Sciences Aplicou-se o Teste de Tendência Linear e considerou-se significativo valor de p<0,05. Os dados foram expressos em tabelas. Foram avaliados 30 acadêmicos. A prevalência de DTM foi 100,0%, com maior incidência de severidade (66,7%, n=20, p=0,001) e ansiedade (46,6%, n=14) moderada, com maior acometimento para o gênero feminino (76,6%, n=23, p=0,039), manifestando sintomas de cefaleia (70%, n=21), crepitação (65,7, n=17) e tensão cervical (93,3, n=28). A prevalência de DTM e ansiedade é alta nos estudantes concludentes de fisioterapia, manifestando-se com severidade moderada e tendo maior acometimento em estudantes do gênero feminino.
Highlights
Estes sinais e sintomas, não são, obrigatoriamente, uma condição da doença ou que necessitará de uma abordagem terapêutica e, posteriormente, um tratamento
A literatura mostra escassez de estudos que associem as atividades acadêmicas com o desenvolvimento da disfunção temporomandibular (DTM) (Bezerra et al, 2012)
A Tabela 5 mostra predomínio de ansiedade baixa a grave entre os estudantes, com um índice de 26,7% (n=8) apresentando ansiedade leve, seguido de 46,6% (n=14) com ansiedade moderada e 23,3% (n=7) grave, tendo o gênero feminino predominante para todos os níveis de ansiedade (76,6%, n=23, p=0,039)
Summary
A articulação temporomandibular (ATM) é um dos componentes do sistema estomatognático, constituída por diversas estruturas internas e externas. Diante das desordens que prejudicam a ATM, diversas complicações clínicas são percebidas e comprometem os músculos da mastigação e as estruturas relacionadas, como a própria ATM (Alves, 2010). A etiologia da DTM é multifatorial, estando relacionada com diversos fatores, dentre eles: má oclusão, traumas na região da mandíbula, alterações dos músculos mastigatórios, desequilíbrio postural, além de problemas emocionais (Chaves et al, 2007). O estudo epidemiológico de Bender (2014) mostra a presença de sinais e sintomas de DTM em todas as faixas etárias, com prevalência estimada entre 3 e 15% da população. O objetivo desse estudo é avaliar a prevalência e a severidade da DTM, nível de ansiedade e os fatores associados à DTM em estudantes concludentes do curso de Fisioterapia de um Centro Universitário de Teresina-PI
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