Abstract

Este artigo apresenta e discute o uso de Guy Standing do conceito “precariato” e sua possível utilidade ao analisar o papel da religião nas atuais crises políticas. Combinando o conceito clássico marxista do “proletariado” com várias experiências de precariedade num mundo globalizado como exclusão social, trabalho de tempo parcial ou inseguro, e migração, o termo “precariato” é apresentado como uma ferramenta socioanalítica sugestiva. O uso de Standing desse neologismo, porém, também é criticado, em particular, por apontar certos grupos sociais como “perigosos”, assim indiscutivelmente revelando um viés implícito, eurocêntrico e colonizador. Nem Standing nem seus críticos abordam o papel da religião em um relacionamento com o precariato. Portanto, referindo-se ao trabalho sociológico de Inglehart e Norris sobre a crescente relevância da religiosidade nas condições precárias de vida, este artigo coloca o desafio de analisar de que maneiras tipos diferentes de religiosidade (fundamentalista, carismático, libertacionista) podem ser vistos como afetando os processos políticos e de precariato para superar a precarização.

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