Abstract

As misturas asfálticas do tipo Pré-Misturado a Frio (PMF) podem ser uma alternativa técnica, econômica e ambiental às misturas asfálticas do tipo Concreto Asfáltico Usinado a Quente (CAUQ). Entretanto a baixa resistência mecânica do PMF produzido com os materiais convencionais atende somente às solicitações de carga de tráfego leve. Como uma alternativa para ampliação do uso desta técnica, tem-se a utilização de agregados alternativos, principalmente resíduos da indústria siderugica, tal como a escória de aciaria. No estado do Rio de Janeiro (RJ), no bairro de Santa Cruz na zona oeste, a prefeitura do RJ possui uma usina de produção de mistura asfáltica PMF e também está localizada a Empresa Siderúrgica CSA, que tem interesse em dar um destino para sua produção de agregado siderúrgico. Nesse estudo, para avaliação da utilização da escória de aciaria em misturas do tipo PMF foram dosadas misturas com emulsão convencional e modificada por polímero e submetidas aos ensaios para avaliação do comportamento mecânico: estabilidade Marshall, resistência à tração (RT), vida de fadiga por compressão diametral e dano por umidade induzida. A mistura de PMF foi aplicada em duas vias da zona oeste do RJ e foram avaliadas quanto à deflexão e extraídos corpos de prova para verificação da resistência pela estabilidade Marshall e RT. Concluiu-se, a partir dos resultados obtidos tanto de campo como de laboratório, que o pavimento resistiu às solicitações, cujas magnitudes o caracterizam como de tráfego médio.

Highlights

  • O resultado obtido está abaixo do limite de 3% determinado pelo DNIT permitindo a utilizaçã o da escó ria de aciaria em estudo para utilização na mistura de PMF

  • O valor obtido de 1,45 % de absorçã o da escó ria de aciaria é alto quando comparado com a absorçã o dos agregados minerais britados de 0,05 % para brita 1 e 0,15 % para brita 0, porém está abaixo do limite de 2% especi*icado pela norma DNER-EM 262/94

  • O material agregado mineral, a escó ria de aciaria e a emulsão asfá ltica utilizada na usinagem da mistura de PMF sã o da mesma origem e fornecedor do material utilizado no desenvolvimento de dosagem das misturas no estudo e estavam disponıveis em quantidade necessá rias para produçã o e execução dos trechos experimentais

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Summary

INTRODUÇÃO

Durante a aplicaçã o das misturas asfálticas usinadas a quente, devido à temperatura elevada, formamse os fumos que, em consequência de sua composição de Hidrocarbonetos Policıć licos Aromá ticos (HPA), sã o cancerıgenos, podendo colocar em risco a saú de dos trabalhadores diretamente envolvidos na aplicaçã o desses tipos de mistura. A mistura usinada a frio (PMF) torna-se uma opção atraente, visto que apresenta custo mais baixo por ser produzida e aplicada à temperatura ambiente, nã o havendo emprego de energia no aquecimento dos materiais e, também, pela composição com Emulsão Asfá ltica do Petró leo (EAP) de valor comercial menor que o CAP. Tendo em vista que diversos estudos já foram realizados com o uso desse agregado alternativo, buscou-se no presente trabalho testar o emprego do agregado siderú rgico em mistura asfá ltica usinada a frio do tipo PMF. A idéia central foi desenvolver uma solução de baixo custo, para utilizaçã o em pavimentos de baixo volume de trá fego, de forma a aproveitar a escó ria de uma siderú rgica localizada no bairro de Santa Cruz, usinada em uma instalação para produçã o de PMF da prefeitura do Rio de Janeiro, localizada no mesmo bairro

MATERIAIS E MÉTODOS
Agregados
AIMS
Dosagem das Misturas de PMF
RESULTADOS DOS ENSAIOS DE LABORATÓRIO
TRECHOS EXPERIMENTAIS
Trecho executado em Paciência
Trecho Executado na Ilha de GuaraIba
PRINCIPAIS CONCLUSÕES
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