Abstract

Este artigo se insere nos estudos que relacionam geografia e literatura e tem como objetivo analisar a segunda obra de poemas de Carlos Drummond de Andrade, “Brejo das Almas”, publicada em 1934, sob a ótica da vivência urbana na modernidade. Para tanto, analisamos as características geográficas da cidade de Brejo das Almas (atualmente Francisco Sá) por meio dos dados de recenseamento e confrontamos sua realidade objetiva com a expressão subjetiva do autor. Buscamos, assim, ir além do conceito de representação, que se limita a uma compilação ou descrição do espaço contido na obra. Procuramos lançar, desta maneira, um olhar “geo-literário” sobre o interior mineiro a partir da obra de Drummond, entendendo a obra literária e o espaço geográfico como uma totalidade. Encontramos na poesia de Drummond sobre o interior de Minas a força das contradições da modernidade e em Brejo das Almas o mote de uma expressão poética que integra o espaço urbano como dimensão da existência.

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