Abstract

Macrófitas aquáticas representam uma das comunidades mais produtivas e através de sua atividade metabólica são capazes de produzir grandes interferências no ambiente. As interações alelopáticas são aparentemente aumentadas sob condições de estresse biótico e abiótico e podem existir em estuários devido à competição, variações de salinidade e outros fatores. O objetivo desse trabalho foi avaliar as propriedades alelopáticas de extratos aquosos foliares de 25 espécies de macrófitas aquáticas de um estuário cego. Testamos os efeitos dos extratos foliares em quatro concentrações sobre a germinação de alface. Ordenamos e comparamos as espécies doadoras de acordo com a dose reposta sobre a variedade de tratamentos a partir de valores únicos de índices alelopáticos. Onze das 25 espécies diminuíram a porcentagem de germinação, todas diminuíram a velocidade de germinação e aumentaram a entropia informacional de germinação das sementes da espécie alvo em pelo menos uma das concentrações testadas. Crinum americanum L., Sagittaria montevidensis Cham. & Schl. e Ipomoea cairica (L) Sweet apresentaram os maiores valores de índice alelopático. Em geral, as menores porcentagens de germinação coincidiram com as menores velocidades e maiores entropias informacionais de germinação das sementes de alface, mostrando um conjunto de alterações ocorrendo simultaneamente com o aumento da concentração dos extratos.

Highlights

  • ABSTRACT (Allelopathic potential of aquatic macrophytes from a blind estuary)

  • Processos alelopáticos também ocorrem em ambientes aquáticos, e todos os grupos de produtores primários possuem espécies capazes de produzir e liberar compostos alelopaticamente ativos (Gross 2003)

  • Macrófitas aquáticas representam uma das comunidades mais produtivas dentre todos os ecossistemas, e através do seu metabolismo são capazes de produzir grandes interferências no ambiente (Esteves 1988)

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Summary

Potencial alelopático de macrófitas aquáticas de um estuário cego

A imprevisibilidade das condições ambientais é também um estresse severo para plantas aquáticas (Otte 2001), o que sugere que estuários cegos sejam particularmente estressantes para flora, e conseqüentemente, que possuam um número alto de espécies alelopáticas. Por exemplo, empregam metodologias e espécies receptoras variáveis, o que torna difícil a comparação entre as espécies doadoras. A comparação dos potenciais fitotóxicos das espécies doadoras em bioensaios de germinação se torna uma ferramenta para a seleção de espécies promissoras aos estudos nesta área. Dessa forma, o objetivo desse trabalho foi avaliar as propriedades alelopáticas de extratos foliares aquosos de 25 espécies de macrófitas aquáticas do estuário cego do Rio Massaguaçu sobre a germinação de alface. Sendo este um ambiente abioticamente estressante, tanto do ponto de vista dos ciclos de alagamento quanto da presença de sal, esperamos que exista um número grande espécies com potencial alelopático

Material e métodos
Bioensaio de germinação
Cyperaceae Cyperaceae Polygonaceae Cyperaceae Polygonaceae Polygonaceae
Resultados e discussão
Poaceae Cyperaceae Cyperaceae Cyperaceae Cyperaceae
Findings
Referências bibliográficas
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