Abstract
O objetivo deste estudo é analisar as questões decorrentes do acordo de resolução do conflito fronteiriço entre Nigéria e Camarões, que poderia comprometer a “paz fria” entre os dois países; questões relacionadas com as repercussões psicológicas, socioeconômicas e políticas que o método de resolução do conflito e a sua aplicação trouxeram aos indígenas e habitantes da Península de Bakassi, bem como recomendações para uma paz duradoura nesta região problemática. Ao fazer isso, o estudo investiga como o processo de resolução do conflito, com base na decisão da CIJ e no Acordo Green Tree, criou questões mais complexas que encapsulam o interesse do povo de Bakassi, a partir do que deveria ter sido um processo triangular. A análise aqui expõe os danos: psicológicos, sócio-econômicos e políticos produzidos pela maneira peculiar com que o método de resolução do conflito atribuía maior importância ao interesse dos Estados, frente ao significado estratégico da Península e a exclusão de seus habitantes. O estudo traz à tona a necessidade da adoção de uma abordagem alternativa de construção da paz no pós-conflito, em face da ineficácia das abordagens existentes na promoção da paz positiva e desenvolvimento sustentável na região. Ele oferece recomendações que acomodariam o interesse triangular das partes interessadas: Camarões, Nigéria e Bakassi, capturados em uma rede de maneiras que promovam a segurança e o desenvolvimento na África Ocidental. O estudo adota os métodos qualitativos e, a partir dele, o método histórico em termos de coleta, análise e apresentação de dados. A coleta de dados é baseada em fontes primárias e secundárias selecionadas. As fontes primárias incluem dados de evidências orais de trabalho de campo, estudos de notícias, discussão de grupos focais (FGD) etc. Fontes secundárias incluem fontes escritas relevantes para o estudo; documentos de política da Administração do Governo Local de Bakassi, livros, revistas e artigos de periódicos, bem como trabalhos não publicados, teses e dissertações, entre outros. Dados orais para o estudo foram obtidos através de entrevistas pessoais com informantes-chave e discussões de grupo focal (FGDs) realizadas na Área de Governo Local de Akpabuyo no Estado de Cross River, na Nigéria, onde alguns dos Bakassi estão atualmente abrigados e as várias comunidades ao redor da península. Entrevistas orais com o porta-voz das pessoas deslocadas, bem como grupos de especialistas que já trabalham nesta área, ativistas de direito e jornalistas também foram contatadas para os propósitos deste estudo. Na análise e interpretação, o estudo emprega abordagens teóricas de disciplinas relevantes, como história, estudos de paz e conflito, política e direito, aplicando-os à situação histórica associada às preocupações do estudo. Na apresentação, o estudo combina os estilos cronológico, analítico e descritivo.
Highlights
The political solution under the Green Tree Agreement which led to the handover of the contested Bakassi Peninsula to Cameroon by Nigeria following the International Court of Justice (2002) ruling signaled the end of the protracted Nigeria/Cameroon border conflict, at least on the surface
While the ICJ ruling gave precedence to contemporary western constructions of the notions of boundaries and sovereignty to the detriment of the historical consolidation (Sama & Johnson-Ross 2005-2006, 111), “protectorate treaty made without jurisdiction should not have taken precedence over a community title rights and ownership existing from time immemorial” (Nigerian Information Service Centre 2002; The Guardian 2002, 1-2) In other words, Germany transferred to Cameroon what it did not derive from Britain, since the right to title ownership lay with the kings and chiefs of Old Calabar
Rather the objective is to analyse matters arising from the settlement that could jeopardise the “cold peace” between the two countries; issues relating to psychological, socio-economic and political fallouts which the method of settlement of the conflict and its application brought on the indigenes and inhabitants of the Bakassi Peninsula as well as proffer recommendations for lasting peace in this troubled region
Summary
The political solution under the Green Tree Agreement which led to the handover of the contested Bakassi Peninsula to Cameroon by Nigeria following the International Court of Justice (2002) ruling signaled the end of the protracted Nigeria/Cameroon border conflict, at least on the surface. From the analysis of the verdict of the Court, it would appear that while the interests of the two states involved in the conflict appeared to have been taken into cognizance, the interest of the indigenes and inhabitants of Bakassi was not. Apart from alienating these local people from their ancestral homes, cultural sites and livelihood opportunities, activities such as fishing; interstate water transportation, trading etc, which were operated as early as the precolonial days by the local inhabitants, appear to have been disrupted, endangering their means of livelihood and survival. Rather the objective is to analyse matters arising from the settlement that could jeopardise the “cold peace” between the two countries; issues relating to psychological, socio-economic and political fallouts which the method of settlement of the conflict and its application brought on the indigenes and inhabitants of the Bakassi Peninsula as well as proffer recommendations for lasting peace in this troubled region
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