Abstract

O presente artigo pretende introduzir um conjunto de reflexões que versam sobre o problema da mentira e do dever de veracidade enquanto elementos que estruturam a filosofia prática de Kant. Para tanto, ocupa-se do primado da linguagem como questão fundamental da filosofia crítica. Em seguida, tematiza alguns dos principais momentos onde o referido problema se apresenta. Assim, além de uma reconstrução das teses gerais que constituem a parte transcendental da doutrina moral-prática, busca indicar em que medida os juízos sintéticos a priori práticos encontram na natureza humana, interpretada sensivelmente, seu domínio factual de aplicação. Tal esforço constituirá uma resposta indireta às críticas dirigidas por Karl-Otto Apel e Jürgen Habermas contra um suposto caráter solipsista e monológico da razão prática, de modo a sustentar que, em fim de contas, não seria Kant apenas o mais natural aliado desses dois pensadores, mas, sobretudo, que sua concepção de razão prática seria essencialmente dialógica.

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