Abstract

Este artigo começa com uma crítica às atuais abordagens dominantes que compartilham os pressupostos implícitos do que chamo de “paradigma da secularização”, mostrando como e por que essas abordagens são inadequadas para compreender a importância e constituição da Neo-Nebulosa (Nova Era, Neopaganismo, Neoindianismo, Neoxamanismo e fenômenos relacionados). O artigo então se propõe a esboçar os contornos dos modelos do Estado-nação e do Mercado-global, destacando as características específicas da religião em ambos os regimes. Em seguida, é realizada uma discussão que mostra como as características das religiosidades Neo-Nebulosas podem ser relacionadas às condições sociais criadas pela revolução neoliberal e consumista. A análise conclui argumentando que a religião Neo-Nebulosa atua na produção de um self cosmopolita que pode navegar nos fluxos em constante movimento do capitalismo global contemporâneo - em composições mais ou menos contraculturais, para um público predominantemente urbano, educado e de classe média -, enquanto “engrandece” e conecta o Self, a natureza e o cosmos. O foco específico do artigo é a América Latina, em sua relação ao “Ocidente” e às tendências globais. Também são incluídas algumas notas sobre a questão do “reencantamento” ou (re)apropriação de sítios arqueológicos pela Neo-Nebulosa.

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