Abstract

Ao perceber, no autorretrato como um homem afogado, de Bayard, certa semelhança entre a pose corporal de sua fotografia e de outras produções visuais engendradas ao longo da história ocidental, estruturou-se um painel com 27 imagens baseado no conceito warburguiano de Pathosformeln para discutir as transformações diante da confrontação com a morte na sociedade ocidental, estudadas por Huizinga, Ariès e Morin. Por outro lado, a análise de Poivert sobre as relações dessa fotografia com o teatro, a biografia de Chatterton e a pintura da morte do poeta possibilitou pensar as noções de jogo, de ritual e de performatividade, presentes em Schechner; o caráter forjado da poesia chattertoniana, discutido por Groom; e a forte simulação desse afogado a partir de Baudrillard.

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