Abstract

Partindo da centralidade que os media ocupam no quadro da pandemia da COVID-19, este artigo avalia a associação entre atitudes políticas de populismo e as escolhas dos media feitas pelos indivíduos para se informarem sobre o o novo coronavírus. De um modo mais específico, questiona se indivíduos com atitudes populistas procuram a informação em meios e espaços distintos dos escolhidos pelos restantes indivíduos. Num cenário designado de infodemia, estará a aceitação de desinformação associada à escolha das fontes? Parte de uma revisão da literatura e de um desenho concetual organizado em três momentos: analisa o conceito de populismo e os elementos que o definem; relaciona populismo com os media e com as plataformas de redes sociais; conclui associando estas plataformas a novas ameaças, resultantes da qualidade da informação. A partir de um questionário aplicado a 244 indivíduos no início do estado de emergência motivado pela pandemia COVID-19, o artigo sugere uma associação positiva e significativa entre atitudes populistas, informação nas redes sociais e aceitação de desinformação.

Highlights

  • Introdução É sabido como os media são uma lente fundamental através da qual as pessoas veem a sociedade e o mundo

  • É extremamente importante que as pessoas tenham acesso a notícias e informações em que confiem e que possam ajudá-las a entender os vários aspetos relacionados com a natureza do coronavírus (o que é importante para se protegerem), mas igualmente informações independentes sobre como os governos e outros responsáveis respondem à pandemia

  • A partir de dados recolhidos de um questionário aplicado a 244 indivíduos na semana posterior ao início do estado de emergência motivado pela pandemia COVID-19, este estudo sugere a existência de uma associação entre atitudes populistas, informação através das redes sociais e aceitação de desinformação

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Summary

Introduction

Introdução É sabido como os media são uma lente fundamental através da qual as pessoas veem a sociedade e o mundo. A partir de dados recolhidos de um questionário aplicado a 244 indivíduos na semana posterior ao início do estado de emergência motivado pela pandemia COVID-19, este estudo sugere a existência de uma associação entre atitudes populistas, informação através das redes sociais e aceitação de desinformação.

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