Abstract

No artigo em tela, fazemos um percurso de análise sobre o National Security Education Program, um programa de Educação mantido pelo Departamento de Defesa norte-americano, cujo objetivo é a aprendizagem do que denominam como línguas críticas em relação a áreas críticas. Tomamos como base para nossa discussão os estudos do campo do discurso no seu encontro com a História das Ideias Linguísticas, que pensa as línguas em sua historicidade como “corpo simbólico” e as políticas de línguas, ou seja, as tensões que percorrem os sentidos políticos para as línguas nas lutas sociais (ORLANDI, 2007). Como corpus de análise, nos detivemos aos textos descritos na página web do Programa, considerando tanto os aspectos da constituição de sua história, objetivos e alcance, como as tabelas descritivas nas quais demonstram as áreas e as línguas críticas que são prioritárias para o governo norte-americano. Em nossa análise, foi possível discutir o processo de produção de sentidos que engendra como evidência, nos dias atuais, uma certa relação entre línguas e territórios. Em nosso gesto de análise, como modo de trabalhar com o dito e o não dito constitutivo do processo de significação desse programa, traçamos um percurso que passa pela historicidade das dominações em relação à aprendizagem de línguas como estratégia de guerra, uma estratégia que ultrapassa o campo bélico.

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