Abstract

A política externa brasileira para a África sofreu uma importante inflexão a partir de 2003. Depois de um longo período de distanciamento, a ascensão ao poder de Luiz Inácio (Lula) da Silva marcou uma reorientação clara da política externa brasileira, e uma retomada da atribuição de importância ao continente africano. Ao longo dos dois mandatos de Lula, o Brasil se reaproximou da África, ampliando sua participação no continente e transformando-o em um importante parceiro do país, não só em termos políticos, mas também econômicos. Em 2011, Dilma Rousseff assumiu a presidência do Brasil, e o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, foi substituído por Antônio Patriota, levantando muitos questionamentos acerca dos rumos que seriam adotados na condução da política externa do novo governo. Este trabalho busca analisar se houve, ou não, uma mudança na política externa brasileira para a África no governo Dilma Rousseff em relação ao governo Lula da Silva e, em caso positivo, qual a sua profundidade. Para tanto, apoia-se nos trabalhos de Charles Hermann (1990), para analisar os diferentes níveis de mudança de política externa; Ricardo Sennes (2003), para demonstrar que há uma continuidade na matriz de política externa dos governos Lula e Dilma; e de Robert Putnam (2010), para demonstrar que as mudanças ocorridas, em grande medida, são reflexos das transformações ocorridas tanto no cenário internacional quanto no cenário interno do país.

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