Abstract

A utilização de sementes para obtenção de porta-enxertos gera indivíduos diferentes da planta-mãe. Material homogêneo geneticamente pode ser obtido através da propagação por estaquia. Avaliaram-se os efeitos da época de coleta dos ramos, do teor de triptofano e da aplicação do ácido indolbutírico (AIB) sobre o enraizamento de estacas de pessegueiro mantidas em estufa sob nebulização intermitente. Estacas dos cultivares Diamante, Capdeboscq e BR-2 foram retiradas da porção mediana de ramos da estação de crescimento e preparadas com 12cm de comprimento, duas incisões laterais na base e um par de folhas apicais (exceto no inverno). As estacas foram tratadas imergindo sua base durante 5 segundos em solução de ácido indolbutírico nas concentrações de 0, 1000, 2000, 3000 e 4000 mg L-1, sendo posteriormente acondicionadas em sacos de polietileno contendo vermiculita como substrato e mantidas durante 60 dias sob nebulização intermitente. Em parte dos ramos coletados, foi avaliado o teor endógeno de triptofano e sua correlação com a aptidão dos cultivares para enraizar. Existe diferença de enraizamento entre os cultivares. O ácido indolbutírico aumenta o percentual de enraizamento, número e peso da matéria seca das raízes. Os melhores resultados de enraizamento e número de raízes por estaca são obtidos na primavera e verão, e na primavera o maior peso de matéria seca das raízes. Maiores percentuais de enraizamento, número e peso da matéria seca das raízes foram encontrados nos meses em que havia menores teores de triptofano nos ramos.

Highlights

  • O pessegueiro é uma frutífera nativa da China, pertencente à família Rosaceae, e cujos cultivares comerciais são da espécie Prunus persica (L.) Batsch (Simão, 1998)

  • A época do ano em que as estacas são coletadas, segundo Fachinello et al (1994), está estreitamente relacionada à consistência da estaca, sendo que aquelas coletadas em um período de crescimento vegetativo intenso, portanto mais herbáceas, tendem a enraizar mais, enquanto que aquelas coletadas no inverno são mais lignificadas e possuem menor capacidade de enraizamento

  • Praticamente em todas as concentrações de as estacas com ácido indolbutírico (AIB) e para todos os cultivares, os maiores percentuais de enraizamento foram obtidos na primavera e verão (Figura 1)

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Summary

Enraizamento de estacas de pessegueiro

ÉPOCA DE COLETA, ÁCIDO INDOLBUTÍRICO E TRIPTOFANO NO ENRAIZAMENTO DE ESTACAS DE PESSEGUEIRO1. Avaliaram-se os efeitos da época de coleta dos ramos, do teor de triptofano e da aplicação do ácido indolbutírico (AIB) sobre o enraizamento de estacas de pessegueiro mantidas em estufa sob nebulização intermitente. Em parte dos ramos coletados, foi avaliado o teor endógeno de triptofano e sua correlação com a aptidão dos cultivares para enraizar. O ácido indolbutírico aumenta o percentual de enraizamento, número e peso da matéria seca das raízes. Os melhores resultados de enraizamento e número de raízes por estaca são obtidos na primavera e verão, e na primavera o maior peso de matéria seca das raízes. Número e peso da matéria seca das raízes foram encontrados nos meses em que havia menores teores de triptofano nos ramos.

MATERIAL E MÉTODOS
RESULTADOS E DISCUSSÃO
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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