Abstract

Existe um intenso plutonismo ediacarano, relacionado ao ciclo Brasiliano/Pan-Africano na Província Borborema, denotado por inúmeros corpos de natureza química diferente. O Plúton Serra da Garganta, situado na porção central do Domínio Rio Piranhas–Seridó, extremo NE desta Província, foi alvo de estudos cartográfico, petrográfico, de química mineral, litoquímico e geocronológico (U-Pb, zircão), com o objetivo de definir a filiação magmática e a idade de cristalização. O PSG é individualizado em duas fácies: (i) biotita granodiorito a tonalito cinza claro, equigranular, fino a médio; contém K-feldspato, plagioclásio (oligoclásio - An25-23%), quartzo e biotita (máfico principal), tendo ainda anfibólio, titanita, epídoto e allanita como acessórios; pequenos cristais de minerais opacos, zircão e apatita estão presentes; e (ii) anfibólio biotita quartzo diorito cinza escuro, equigranular, fino, constituído por plagioclásio, quartzo e K-feldspato; biotita é o principal máfico seguido por anfibólio e titanita, tendo epídoto, minerais opacos, allanita, zircão e apatita como acessórios. É comum observar feições de campo indicando coexistência de magmas. Dados litoquímicos para ambas as fácies evidenciam natureza transicional entre metaluminosa e peraluminosa, com afinidade de rochas cálcio-alcalinas, o que não é comum para corpos plutônicos no extremo NE da Província Borborema. A datação U-Pb, para a fácies principal, de 598±5 Ma (MSWD = 0,37) obtida em zircões (Shrimp) confirma idade ediacarana para sua cristalização.

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