Abstract
Rua de Paris em dia de chuva (2020), romance de Isabel Rio Novo, resgata a figura de Caillebote ao ficcionalizar — com engenho e arte — a vida do pintor francês, alinhando-a às mudanças sofridas em Paris no fim do século. O interesse pelo duplo “biografismo-histórico” surge da paixão da Autora (narradora-personagem) cujo interesse por Caillebote e as suas pinturas a impulsiona na confecção de um romance tendo como protagonista o artista impressionista. Surge, também, no espaço ficcional, a figura misteriosa e soturna de Helena, uma acadêmica especializada em história da arte. Entre o pintor, a escritora e a pesquisadora entrelaçam-se os fios do amor que os une. O presente artigo debruça-se sobre a narrativa com intuito de pensar as relações com imagens que ultrapassam a representação literal, evidenciando a força emocional e simbólica, a partir de uma continuidade cultural e da transmissão de ideias por meio das imagens ao longo do tempo. Isto é, as imagens não são apenas objetos estéticos isolados, mas partes de uma “memória coletiva” que refletem as preocupações e os desejos humanos, por meio das suas “sobrevivências”. Como pressupostos teóricos utilizaremos os conceitos sobre imagem de Aby Warburg, Walter Benjamin e Georges Didi-Huberman.
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