Abstract

Foram muitas as contribuições da epistemologia de Jean Piaget ao ensino de diversas áreas do conhecimento no decorrer das últimas décadas. As perspectivas interacionistas, críticas e progressistas que têm sido comumente adotadas, deram ao movimento construtivista um potencial interpretativo capaz de analisar os processos didático-pedagógicos por meio de superações de concepções individuais de senso comum. Apesar disso, por meio de nossa vivência em nossas atividades docentes cotidianas, levantamos a hipótese de que não é incomum a compreensão do aporte teórico piagetiano como uma referência teórica capaz de lidar somente com situações que envolvem eminentemente crianças e o início da adolescência. Os manuais didáticos que visam divulgar as contribuições piagetianas, apontam preponderantemente os conceitos e análises que se referem ou se enquadram à educação infantil, o que obstaculiza sua incorporação como referência teórica para investigações de situações que remetem ao Ensino Médio e ao Ensino Superior. Este trabalho trata-se de análises de uma pesquisa empírica feita com alunos de uma universidade pública do Brasil, que visou corroborar ou refutar nossa hipótese. Por fim, sugerimos para formação inicial ou continuada de professores, materiais que dizem respeito a pesquisas que se usam desta epistemologia a fim de estendê-la e de torná-la acessível para o docente em seu trabalho cotidiano

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