Abstract

Based on a multicenter ethnographic field survey on the implementation of post-exposure prophylaxis (PEP) in the State of Rio Grande do Sul, Brazil, this article discusses aspects of micropolitics in the supply of "new preventive technologies" based on the concepts of pharmaceutical globalization and biological citizenship. Combined prevention suggests the joint use of behavioral, biomedical, and structural strategies to confront HIV, but on the margins of this policy's co-construction, actions by health services in Rio Grande do Sul showed a profound fragmentation of this combination in the network, prioritizing access to medication. Stimulated by a scenario of pharmaceutical globalization, the way PEP is accessed and supplied to users encourages a biological citizenship that involves the right to prevention, in this case through the individual right to consume the medication. However, access to this right is permeated by moral conditioning factors linked to risk categories and by the users' social context, reproducing inequalities in health and impoverishing the counseling approach. The article discusses the need for combined prevention strategies that strengthen the approach of social and program dimensions in the epidemic, which will also bolster the attention to individual vulnerabilities from the perspective of comprehensive health.

Highlights

  • Na contramão do preconizado na linha de cuidado para pessoas vivendo com HIV/aids (PVHA) 3 do Rio Grande do Sul, que coloca a APS como a porta de entrada para a prevenção e assistência em IST/HIV/aids, percebeu-se uma centralização da PEP, assim como do Teste Rápido (TR), nos Serviço de Assistência Especializada (SAE), e os outros pontos da rede apenas encaminhavam e/ ou referendavam o serviço especializado

  • 7. Departamento de Vigilância, Prevenção e Controle das IST, HIV/AIDS e Hepatites Virais, Secretaria de Vigilância em Saúde, Ministério da Saúde

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Summary

ARTIGO ARTICLE

Com base em uma pesquisa etnográfica multissituada no campo da implementação da profilaxia pós-exposição (PEP) em serviços de saúde do Estado do Rio Grande do Sul, Brasil, este estudo discute aspectos da micropolítica de oferta das “novas tecnologias de prevenção” mediante conceitos de globalização farmacêutica e cidadania biológica. A prevenção combinada sugere o emprego conjunto de estratégias comportamentais, biomédicas e estruturais para enfrentar o HIV, porém, nas margens (co)construídas dessa política, as ações dos serviços de saúde observados no Rio Grande do Sul evidenciaram a profunda fragmentação dessa combinação na rede, privilegiando-se o acesso à medicação. No âmbito da prevenção ao HIV, problematizou-se como essas perspectivas de cidadania parecem ser enlanguescidas entre populações vulnerabilizadas que têm, de modo geral, frágil acesso a direitos sociais básicos, recuperando, pelo uso da PEP, uma cidadania restrita à dimensão biológica. Entende-se que os processos de trabalho em saúde se inserem num contexto conjectural mais amplo que pode afetar a execução de tarefas no cotidiano dos serviços de saúde, sem que seja possível culpabilizar individualmente os profissionais por determinadas decisões

Percurso metodológico
Homem Heterossexual
Considerações finais
Informações adicionais
Conflito de interesses
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