Abstract

O grand tour cedeu, progressivamente, lugar a pequenos circuitos. As grandes paisagens inexploradas quase desapareceram. Ao grande aristocrata sucedeu o turista. O contacto com os autóctones não passa de um simulacro, amiúde encenado para conferir cor local. O exotismo desapareceu e a aventura acantona-se em actividades radicais – ou, até, na esfera virtual. À semelhança da rainha Charlotte, para quem a contemplação do quadro expressamente encomendado a Johann Zoffany, The Tribuna of the Uffizi, substituía a visita in loco à galeria florentina, os turistas a que faremos referência, a partir de três narrativas de Lawrence Durrell, David Lodge e Didier Van Cauwelaert, contentam-se em consumir os roteiros, as paisagens e a gastronomia de locais-bilhete postal. Em contrapartida, este tipo de férias propicia o estudo atento dos companheiros de viagem, pelo que a análise antropológica e sociológica se centra no homo turisticus (Lipovetsky) e constitui uma heterotopia (Foucault).

Full Text
Paper version not known

Talk to us

Join us for a 30 min session where you can share your feedback and ask us any queries you have

Schedule a call

Disclaimer: All third-party content on this website/platform is and will remain the property of their respective owners and is provided on "as is" basis without any warranties, express or implied. Use of third-party content does not indicate any affiliation, sponsorship with or endorsement by them. Any references to third-party content is to identify the corresponding services and shall be considered fair use under The CopyrightLaw.