Abstract

O objetivo deste artigo teórico-reflexivo é apresentar e discutir alguns aspectos da Pesquisa-Formação Fenomenológica Hermenêutica “Heideggeriana”, de cunho metodológico qualitativo-implicado, que buscou enfatizar sua pertinência (auto)cartográfica, num processo formativo sobre o autocuidado. Para tanto, assume uma perspectiva multirreferencial (MACEDO, 2000), tendo no pensamento “heideggeriano” sobre o autocuidado seu ponto fulcral. Além disso, o artigo adota uma linguagem metafórica relacionada a navegação. Reúne contribuições advindas de Josso (2007), Longarezzi e Silva (2008), Barbier (2004), Boff (2014), Freire (2015), Bondía (2017), Gadamer (2002), Rogers (2002), Amatuzzi (2007), Souza e Francisco (2017) e Passos, Kastrup e Escóssia (2015). Os instrumentos de navegação, que marcam e registram percursos, condições e estados, foram denominados “(auto)Cartografia na formação: mapas de si”. Estes foram constituídos por: diários reflexivos, que contribuíram para os registros da (auto)reflexão; e as escritas de si mesmo e das práticas, que serviram como uma (ins)crita criativa, envolvendo a prática enquanto ser-no-mundo. A partir dessa navegação formativa, compreende-se que os espaços formativos são momentos em que os tripulantes-professores têm a possibilidade de experimentar a (auto)cartografia, no movimento de revelar-se e cobrir-se, até se desvelar de si mesmo, responsabilizando-se pelo cultivo do seu autocuidado. A (auto)cartografia por tripulantes-professores indica que a formação é deveras lugar de autocuidado, afetando o encontro de si e do outro, provocando preocupação, inquietude e senso de entrosamento para com suas ações e as da coletividade.

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