Abstract
O objetivo deste artigo foi verificar a persistência na variância e a ocorrência de quebras estruturais nas séries de preços das frutas no Mercado Produtor de Juazeiro (MPJ-BA), dada a simultaneidade desses fatos que prejudicam a eficiência dos modelos de gestão de risco financeiro que consideram a variância como medida desse risco. Os preços de 21 frutas foram coletados junto à Administração do MPJ-BA, em R$/kg, mensalmente, entre janeiro/2001 e dezembro/2014, totalizando 168 observações por fruta. Empregou-se o modelo GARCH(1,1) para identificação da persistência na variância e um modelo puro de variância Markov Switching (MS) para a identificação das quebras estruturais. Em relação à persistência na variância, apenas duas frutas mostraram sinais de quebra estrutural em sua variância. Sobre as quebras estruturais, o modelo puro de variância MS conseguiu, de certo modo, lidar melhor com a heterocedasticidade do que o modelo GARCH(1,1), principalmente quanto à expectativa de duração dos regimes de alta volatilidade em decorrência dos choques. Logo, o estudo apontou para uma baixa incidência destes fenômenos nas frutas do MPJ-BA, sugerindo certa “imunidade” frente às mudanças macroeconômicas brasileiras e internacionais ocorridas entre 2001 e 2014.
Highlights
A variância é um indicador estatístico que mede os quão dispersos os dados estão em volta de sua média, ou valor esperado
Elas comprometem a qualidade de previsão dos principais modelos econométricos usados para análise dessas séries, como os modelos ARIMA e os da família GARCH, justamente por não serem funções do tipo piecewise1
Junto com a matriz de transição tem-se o vetor de estado da cadeia de Markov, que agrupa as probabilidades pn(k) da variável estar em qualquer dos n estados em períodos futuros de tempo k, com k 0, como mostra a equação (4): (4)
Summary
A variância é um indicador estatístico que mede os quão dispersos os dados estão em volta de sua média, ou valor esperado. No âmbito das decisões financeiras empresariais, a variância se faz presente em várias técnicas de proteção ao risco, como o Valor-em-Risco (JORION, 2007) ou as diversas abordagens de hedging estáticas (homocedásticas) ou dinâmicas (heterocedásticas) empregadas em mercados derivativos (CHEN; LEE; SHRESTHA, 2003) ou de opções (BROOKS, 2008), dado que ela mede a volatilidade, um elemento-chave das teorias de precificação de ativos (WOOLDRIDGE, 2002). Entretanto, as séries econômico-financeiras estão sujeitas a mudanças bruscas no comportamento do valor médio/volatilidade, conhecidas por quebras estruturais. Em se tratando da fruticultura, ela é afetada por fatores edafoclimáticos e econômicos que podem causar quebras estruturais no preço final do produto, seja na média ou na volatilidade, tornando ineficientes quaisquer técnicas de previsão ou de proteção ao risco financeiro. Com vistas a facilitar o entendimento do leitor, o presente artigo segue a seguinte estruturação: no capítulo 2 são mostrados os modelos de mudança de regime com o uso da cadeia de Markov; no capítulo 3 é trazida a metodologia usada no estudo; no capítulo 4 é realizada a apresentação e a discussão dos resultados, e no capítulo 5 é feita a conclusão do estudo e a indicação de futuras investigações
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