Abstract

Este artigo interpreta o conceito de história em Alfonso X de Castela (séc. XIII) desde o ponto de vista das expectativas relativas às apresentações de suas estorias nas cortes. Para tanto, aproxima a Estoria de España e a General Estoria da prática trovadoresca e do universo conceitual jurídico que a regulamenta na Segunda Partida. No nível teórico, a análise mobiliza um diálogo entre a história dos conceitos e os estudos de performance. O debate converge com respeito à centralidade das práticas corporais para a agência dos conceitos na vida material, o que indica: 1) a emergência politicamente orientada do presente no passado, via paralelos, e do passado no presente, via performance; e 2) a tensão entre história e poesia na composição de um discurso que se quer verdadeiro. Por fim, defende-se a importância da mobilização dos múltiplos sentidos do conceito de retraer para a compreensão da conexão entre a crise do reinado e a modificação semântica do conceito de história alfonsino.

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