Abstract

O objetivo do estudo foi estabelecer o perfil do feminicídio no estado de Sergipe no período de 2016 a 2019. Foi realizado um estudo de coorte, descritivo, exploratório, com abordagem quantitativa, por meio de coleta de dados, tendo como população mulheres acima de 18 anos, vítimas de feminicídio. No período do estudo ocorreram 262 mortes violentas de mulheres, dessas mortes 70 foram caracterizadas como feminicídios, cuja taxa de feminicídio por 100 mil mulheres variou de 1,51 a 2,61. Foram 44,3% de feminicídios na região metropolitana e 55,7% nos demais municípios do estado. Em todas as correlações entre as variáveis, prevaleceu como agente causador da morte o uso de armas de fogo. De igual modo, a residência prevaleceu como o local de ocorrência do feminicídio. A frequência de cor/raça parda foi maior na região metropolitana em relação aos demais municípios. Foi estatisticamente significativa a presença de mulheres economicamente ativas. Quando esta variável foi relacionada à cor/raça, esta presença foi mais expressiva entre as mulheres brancas. Quanto à escolaridade predominou, em todas as situações, a ocorrência do ensino fundamental incompleto. No Tribunal de Justiça de Sergipe, dos 31 procedimentos investigatórios instaurados, 25 foram de feminicídios, demandados por 14 das 40 Comarcas do estado de Sergipe. O feminicídio foi evidenciado neste estudo como a principal causa de violência em mulheres jovens-adultas, caracterizando dessa forma um fenômeno epidemiológico que vem se alastrando não apenas no Brasil, mas por todo o mundo.

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