Abstract

INTRODUÇÃO: Em seu percurso, os estudantes encontram nos primeiros anos da faculdade, a influência principalmente das disciplinas humanísticas e experiência com professores. Até o segundo ano, o estudante do ciclo básico passa por frustrações diante das expectativas criadas anteriormente ao ingresso da faculdade. Eles constroem identidades profissionais a partir dos discursos concorrentes de diversidade e padronização; usam e negociam esses discursos de maneira diferente e experimentam o processo de construção de maneira diferente, dependendo de suas identidades sociais únicas; e, como resultado, eles constroem diferentes tipos de identidades profissionais. OBJETIVO: Investigar o percurso do estudante na formação da identidade profissional desde curso médio até o meio do curso de medicina, em uma instituição privada de Salvador/BA. METODOLOGIA: Estudo de corte transversal, observacional, de abordagem quantitativa/qualitativa. Alunos no 5º e 6º semestres de medicina, de 2019.1. Questionário aplicado presencialmente. Análise estatística descritiva, programa IBM SPSS Statistics20.0. As variáveis numéricas foram analisadas seguindo as tendências central e de dispersão. A análise qualitativa pela análise do conteúdo. Aprovado no CEP com o CAAE 03547118.6.0000.5544. RESULTADOS: Foram respondidos197 questionários. Média de idade de 21,86 +/- 2,3; são do sexo feminino 111 (56,3%) estudantes; 88 (44,7%) católicos; 99 (50,3%) do 5º semestre e 98 (49,7%) do 6º semestre; todos são solteiros, 197 (100%); 130 (69%) moram com os pais; 84 (93,4%) sem formação profissional prévia. Tempo médio de curso pré-vestibular de 1,21 anos (DP +/- 1,03); 181 (91,9%) participam de alguma atividade extracurricular; 137 (69,4%) responderam vocação como motivação para fazer medicina; 190 (96,4%) participantes responderam que houve mudança na maneira de pensar e agir diante do paciente e de questões humanísticas; 161 (81,7%) responderam que as expectativas foram atendidas pelo curso; 120 (60,9%) responderam não se sentem desmotivados, culpados ou com vergonha quando falham durante a prática clínica. 190 (96,4%) percebem a influência do professor na sua formação; 186 (94,4%) percebem conteúdo humanístico no currículo;99 (50,3%) concordaram fortemente que há competitividade dentro do curso; 94 (47,7%) concordam fortemente e 72 (36,5%) concordam que se sentem “mais médico” após o início das práticas clínicas/ hospitalares. Concordaram fortemente 34 (17,3%), 35 (17,8%) concordaram e 73 (37,1%) concordaram em parte que sentem usar o paciente como objeto; 89 (45,2%) concordam fortemente e 80 (40,6%) concordam que a escolha por uma especialidade pode ser influenciada por um professor/médico/mentor; 43 (21,8%) dos participantes concordaram fortemente que há influencia no modo de se comportar e vestir, 69 (35%) concordaram com a afirmativa. CONCLUSÃO: É possível inferir que os estudantes entram no curso muito jovens e sem alguma experiência no ambiente de ensino superior. A vocação como motivação seguida do desejo do conhecimento e da influência de pais e família, apontam para o lado humanístico na escolha do curso, apontando também as influências do currículo oculto como o desejo da família e a presença de um familiar exercendo a profissão. Existe satisfação com o ingresso no curso, com as experiências vividas e como elas transformaram de uma maneira positiva os estudantes: a proximidade com o paciente, o currículo, o professor.

Highlights

  • ABSTRACT | INTRODUCTION: Students selected during their early years have a strong influence on humanitarian disciplines and teacher experience

  • Os riscos da pesquisa foram relacionados com os resultados e a obtenção de dados que pudessem ser insuficientes ou que não demonstrassem claramente as principais mudanças e influências sobre os estudantes do meio do curso, além do tempo dispensado na resposta do questionário e do temor da exposição dos dados dos participantes, ou certo constrangimento

  • A média de idade dos estudantes foi de 21,86 anos (DP: +/- 2,3), a idade de maior frequência 21 anos e idade mínima de 18 e máxima de 33 anos

Read more

Summary

Artigo Original

The medicine undergraduate's path to construct a professional identity from the middle course to the middle of the course. The vocation as motivation followed by the desire for knowledge and the influence of parents and family, point to the humanistic side in choosing the course, pointing to the influences of the hidden curriculum such as the desire of the family and the presence of a family member practicing the profession. There is satisfaction with entering the course, with their experiences and how they have positively transformed students: the proximity to the patient, the curriculum, the teacher. No Brasil não foram encontrados estudos sobre a formação profissional do estudante de medicina na graduação, principalmente sobre o percurso do estudante desde antes de sua entrada até o meio do curso. Este estudo abrange as influências da escolha do curso e da graduação na sua formação, quais eram as expectativas diante da imersão na medicina, o que mudou até o meio do curso e como se identifica com ele. Foi realizada uma análise destes aspectos com estudantes de medicina na cidade de Salvador-Bahia

Revisão de literatura
Objetivos específicos
Desenho do estudo
População do estudo
Metodologia da coleta de dados
Variáveis de investigação
Processamento e análise dos dados
Aspectos éticos e legais
Dados quantitativos
Dados qualitativos
Limitações e Perspectivas
Contribuições das autoras
Findings
Conflitos de interesses
Full Text
Published version (Free)

Talk to us

Join us for a 30 min session where you can share your feedback and ask us any queries you have

Schedule a call