Abstract

Em arquitetura, o processo de apropriação espacial é facilitado por espaços qualificados para os usuários, com aspectos ambientais que proporcionam bem-estar. Partindo do tema arquitetura de pátios escolares, a pesquisa teve por objetivo analisar o pátio de escolas públicas de ensino fundamental, segundo o ponto de vista do estudante. O enfoque foi dado ao pátio escolar, enquanto ambiente de lazer e aprendizado. Investigou-se e caracterizou-se a qualidade das áreas livres e do ambiente construído, com o propósito de analisar as relações de uso e apropriação desses espaços. Com base no reconhecimento da importância do pátio escolar como uma recorrência referencial na percepção dos usuários, é possível considerar o pátio escolar como um lugar de socialização, de troca e de convívio, bem como de exploração e de experimentação. Realizou-se uma revisão de literatura para elencar os possíveis elementos capazes de facilitar a apropriação nos pátios escolares por parte dos alunos. O artigo apresenta a avaliação realizada em duas instituições públicas de ensino fundamental localizadas no município de Palmitinho – Rio Grande do Sul, com ênfase nos instrumentos de análise aplicados: mapa cognitivo, poema dos desejos e mapa comportamental. A participação dos usuários mostrou-se fundamental para a obtenção de espaços de qualidade.

Highlights

  • RECH, Gracielle Rodrigues da Fonseca; VALLE, Ângela do; LERMEN, Bruna Cristina Percepção espacial estudantil de pátios em escolas públicas de ensino fundamental em Palmitinho, RS, Brasil

  • Para que os objetivos inicialmente propostos na pesquisa sobre pátios escolares fossem obtidos, foram eleitos diferentes instrumentos de pesquisa com finalidade de compreender a organização espacial existente, as preferências dos usuários e as atividades realizadas nos diferentes espaços, entre outras informações relevantes

  • Evidencia-se que a edificação da escola está situada em um terreno com 2.551,30 m2 e possui área construída de 426,85 m2 (Figura 2)

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Summary

Fundamentação teórica

A etimologia da palavra pátio - do latim: Pateo - define como: estar aberto; exposto; estender-se; abrir-se; estar descoberto; manifestar-se; ser evidente. Segundo Gonçalves e Flores (2011), uma boa arquitetura de pátio escolar deve atender as necessidades das crianças de: (a) estabelecer o contato social para permitir o desenvolvimento das habilidades de comunicação que não são permitidas em sala de aula, como o diálogo espontâneo ou o namoro, (b) brincar e jogar, atividades lúdicas que podem acontecer de maneira espontânea, além de desenvolver a capacidade do trabalho em equipe; (c) desenvolver a motricidade e os sentidos, que são atividades que permitem à criança conhecer-se melhor e ter um controle maior sobre o seu corpo, aumentando a autoestima e a confiança em si mesma; (d) complementar as funções pedagógicas – quando o espaço livre serve como exemplo ou complemento do conteúdo trabalhado em sala de aula e (e) aproximar-se do meio ambiente e da própria educação ambiental. Tem como ponto de partida a sentença previamente proposta “Eu gostaria que o (edifício/ ambiente)...”, tratando-se de um instrumento não estruturado e de livre expressão (RHEINGANTZ et al, 2009)

Caracterização dos objetos de estudo
Escola Estadual de Ensino Fundamental Olavo Bilac
Escola Municipal de Ensino Fundamental Castro Alves
Métodos de investigação e discussão dos resultados
Mapa comportamental
Comparação entre as descobertas
Findings
Considerações finais
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