Abstract

Resumo A saúde afeta diretamente a produtividade e renda dos trabalhadores e, por sua vez, as desigualdades de gênero afetam de forma desproporcional a saúde de ambos os sexos. Nesse sentido, o objetivo central desse trabalho é analisar os fatores que influenciam a percepção de saúde dos trabalhadores do sexo feminino e masculino. A base de dados utilizada foi o suplemento da Pesquisa Nacional de Amostra Domiciliar de 2008. Foram estimados modelos probit em dois estágios para captar as contribuições das características socioeconômicas para a percepção de saúde das pessoas ocupadas por sexo. Os principais resultados mostraram que, em média, as mulheres apresentam menor percepção de boa saúde do que os homens. Portanto, é necessário que as políticas públicas foquem nos determinantes das desigualdades de saúde entre homens e mulheres, tais como a diferença salarial, trabalho precário e a dupla jornada de trabalho. Além disso, são necessárias políticas de saúde que atendam às necessidades especificas de homens e mulheres.

Highlights

  • Health perception in Brazil: an analysis of the differences by gender of the workers Health directly affects workers' productivity and income, and, in turn, gender inequalities disproportionately affect both sexes

  • Com base na Tabela 11, verifica-se que o teste de Hausman tanto para as mulheres como para os homens em todos os modelos rejeita H0 e, portanto, a variável Educação era endógena

  • A incidência de pobreza não foi estatisticamente significativa para explicar a percepção de saúde das mulheres, contudo, para os homens, esta variável foi significativa, além de ser um dos fatores que mais contribuíram para queda na probabilidade dos homens se declararem saudáveis

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Summary

Saúde na abordagem de bem-estar

A definição de bem-estar varia entre campo da ciência e entre pesquisador. Em geral, as definições desenvolvidas pelos psicólogos são mais abrangentes em comparação com os conceitos aplicados por sociólogos e economistas. Os componentes do bem-estar psicológico que se relacionam com “sentir-se bem” incluem emoções de contentamento, felicidade, mas também interesse e engajamento, confiança e relações sociais. Os sociólogos e os economistas definem o bem-estar subjetivo de forma mais restrita, excluindo algumas facetas incluídas pelos psicólogos ou da abordagem de qualidade de vida. O funcionamento físico e mental não seriam considerados componentes do bemestar subjetivo, mas sim visto como suas condições, além disso, também, são excluídos os aspectos relacionados aos significados da vida (Fischer, 2009). Todas essas dimensões contribuem para o bemestar das pessoas e, no entanto, muitas delas são perdidas por abordagens baseadas em recursos disponíveis dos indivíduos, ou seja, o bem-estar unidimensional relacionado à renda e ao consumo. Segundo Stiglitz et al (2009) essas variáveis fornecem informações incompletas sobre o bem-estar subjetivo

Saúde como capital humano
A relação entre saúde e educação
Diferenças de percepção de saúde entre homens e mulheres
Estratégica metodológica
Base de dados e variáveis
Variável instrumental
Resultados e discussões
Resultados do modelo econométrico
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