Abstract

O presente artigo intenciona realizar uma interface entre a teologia e a educação. Para isso, busca: a) analisar a realidade das novas gerações apontada pelos próprios jovens por ocasião do Sínodo “Os jovens, a fé e o discernimento vocacional”; b) identificar os jovens como principais interlocutores do processo pedagógico pastoral; c) reconhecer o ciberespaço como ambiente social de presença e protagonismo juvenil; d) perceber a cibercultura com seus impactos na personalidade da pessoa do jovem; e e) propor um embasamento antropológico que respeite os jovens em sua integralidade trazendo indicativos formativos diante dos contextos contemporâneos. O texto fundamenta-se, principalmente, nos documentos sinodais, na posição do Papa Francisco através da Exortação Pós-sinodal Christus vivit e na antropologia fenomenológica-teológica da filósofa alemã Edith Stein (1891-1942). A narrativa de vida de Stein encontra-se conjugada com sua obra judaica-cristã. Tal dado é importante, pois a autora ainda em sua juventude, ao questionar-se da condição social e pessoal do ser humano, reflete e aponta caminhos para a formação integral dos jovens. Como docente e conferencista, atuou diretamente com pensadores, educadores e formadores de jovens nas mais plurais vivências: religiosas, familiares, acadêmicas e profissionais. Nesse sentido, na contemporaneidade onde adolescentes e jovens encontram-se imersos na cibercultura, pretende-se dialogar com antropologia steiniana buscando referenciais para a pedagogia pastoral atual.

Highlights

  • This article intends to realize an interface between theology and education

  • analyse the reality of new generations pointed by the own youth on the occasion

  • The narrative of the Stein's life is conjugated with her Judeo-Christian book

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Summary

A multiplicidade dos contextos juvenis contemporâneos

A inovação contemporânea apresenta um novo mundo do qual os jovens certamente são os maiores protagonistas: o ambiente digital. Seria limitado perceber a web somente em um instrumento de comunicação, mas amplia-se a ótica ao reconhecê-la como uma nova forma de vivência onde os jovens têm maior domínio com a linguagem e a ambiência O Papa Bento XVI já sinalizava em sua mensagem “Redes sociais: portais de verdade e de fé; novos espaços de evangelização”,4 quando referia que o ambiente digital não é um mundo paralelo ou estritamente virtual, mas faz parte da realidade de muitos, especialmente dos adolescentes e jovens. A web apresenta-se como um lugar irrenunciável para o diálogo com os jovens, visto que essa é a sua grande praça de encontro. Por um lado, pode-se apontar para as luzes e as sombras presentes nas dinâmicas da conectividade; por outro, é fundamental aprender com a própria juventude, a navegar e a habitar no ciberespaço

A questão antropológica frente ao ciberespaço
Uma jovem em busca da verdade
Vitoria
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