Abstract

Este texto se divide em três partes. A primeira trata da influencia das ideias de Paulo Freire no final da Espanha Franquista, portanto, de modo clandestino, em publicações que não podiam vir à luz do dia, sem sofrer represálias simbólicas e físicas. A segunda, trata da presença de Freire, pessoalmente e por meio das obras, marcando de maneira ampla e profunda a educação e o pensamento pedagógico espanhol, agora, não mais clandestinamente, pois o país saíra da longeva ditadura franquista e consolidava sua democracia. Na terceira e última parte, o texto trata dos perigos e das armadilhas que o próprio Freire temia tanto que ocorresse com seu legado: a ortodoxia dos que se apropriam de seu pensamento, fechando-o ao diálogo e à contribuição dos que não pertencem à “seita” então formada. Cair nesta armadilha é negar Freire que, além de diferenciar radicalismo (ir às raízes dos problemas) de sectarismo (congelar e se apropriar de ideias referenciais), apelou de modo contundente para que não o repetissem, mas que o reinventassem em cada contexto específico.

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