Abstract
A história de luta pela criação do Projeto de Assentamento (PA) de Reforma Agrária Cafundão está vinculada à historicidade da concentração fundiária brasileira, que dá sentido de existência aos movimentos sociais pelo acesso à terra. Como também, descreve particularmente uma luta pela efetivação de uma política brasileira específica, de forma a reconhecer a posse desta mesma terra – que já era lugar de vida há gerações -, no âmbito de pressões imobiliárias e minerárias que a circundam. Singularmente, a luta do Cafundão retrata o reconhecimento político do saber local (torneamento do esteatito em produção artesanal) como principal vínculo (re)produtivo (n)às terras do Cafundão, o que garante a sobrevivência destas famílias e nutre a validação de suas narrativas de pertencimento. Neste artigo, se dialoga sobre a ativação do patrimônio-territorial por meio do saber local.
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