Abstract

A cultura no sultanato nazarí sob os governos de Muhammad III, Ismail, Yusuf I e Muhammad V, obteve elevados índices de sofisticação por meio de sua arquitetura, onde se evidencia uma profunda espiritualização da sociedade. Estruturas cúbicas que desenham torres articuladas harmoniosamente com telas de muralha envolvendo a paisagem. Volumes salientes pontilhados com detalhes, “frutos de processos de extração de terra substituída por luz e lâminas de água”. Como resultado, obtém-se um universo sensorial em que a luz é a protagonista. A luz, feita matéria, configura-se como o principal agente qualificador do espaço arquitetônico, bem como argumento autêntico do projeto. Sombra e luz para deleite sensorial e prazer estético da beleza. O olhar contemporâneo “re-constrói” o monumento e atualiza seu valor patrimonial através de releituras sem preconceitos que conectam o passado com o presente, atribuindo qualidades idênticas a cada uma das camadas que representam o lugar e perfazem o patrimônio da Alhambra.

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