Abstract

Objetivou-se avaliar a influência da estruturação espacial e de variáveis ambientais sobre a organização florístico-estrutural do componente arbóreo em uma Floresta Ombrófila Mista Aluvial no sul do Brasil. Para isso, foram alocadas 48 parcelas de 200 m2 no remanescente amostrado, localizado em Lages-SC. Todos os indivíduos dentro das parcelas com diâmetro na altura do peito (DAP) igual ou superior a 5 cm foram identificados. Foram mensuradas variáveis ambientais e espaciais em cada parcela. Os dados foram analisados por meio de Correlograma de Mantel, Particionamento da Variância, Análises de Redundância, análise de Coordenadas Principais de Matrizes Vizinhas e testes de correlação. Foram amostrados 1.462 indivíduos pertencentes a 66 espécies. Conjuntamente, as variáveis ambientais e espaciais explicaram 24,13% da variação total, sendo que a maior parte (15,22%) se encontrou espacialmente estruturada. Dentre as variáveis ambientais, a topografia (desnível máximo) e a fertilidade do solo (soma de bases e P) foram significativas. Conclui-se que o componente arbóreo está organizado na forma de um gradiente florístico-estrutural. Ainda, os resultados sugerem que o regime de inundação do rio e a presença de zonas de maior encharcamento do solo foram relevantes na definição de micro-hábitat, que influenciaram na distribuição das espécies.

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