Abstract

Resumo Este artigo se propõe a discutir a participação de organizações da sociedade civil brasileiras no âmbito da cooperação para o desenvolvimento. Trata-se de um artigo teórico que procura problematizar os processos de cooperação para o desenvolvimento e construir um quadro analítico capaz de dar conta da participação de novos atores, de natureza não governamental, nas relações entre países em desenvolvimento − comumente denominada de cooperação Sul/Sul (CSS) − e suas implicações para a ampliação de direitos entre populações em situação de extrema vulnerabilidade. O artigo recorre a fontes bibliográficas de diferentes campos do conhecimento. Destaca as relações internacionais, a sociologia política e a gestão social para entender as possibilidades, perspectivas e armadilhas que se configuram para os processos de cooperação para o desenvolvimento e que são moldadas pela busca de maior horizontalidade entre nações e participação de novos atores, notadamente, da sociedade civil.

Highlights

  • This article aims to discuss the participation of Brazilian civil society organizations within the scope of development cooperation

  • Este es un artículo teórico que tiene como objetivo discutir los procesos de cooperación para el desarrollo y construir un marco analítico para dar cuenta de la participación de nuevos actores, de naturaleza no gubernamental, en las relaciones entre los países en desarrollo comúnmente llamada cooperación Sur / Sur (CSS) y sus implicaciones para la expansión de los derechos entre las poblaciones extremadamente vulnerables

  • Acreditamos que o fenômeno da participação se encontre em permanente processo de revisitação à medida que as relações que dele surgem estão em constante mudança, sendo desafiadas por novas experiências e configurações de convívio social e sociabilidade nos tempos atuais

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Summary

Yasmine Santos Mansur Armindo dos Santos de Sousa Teodósio

A compreensão das vicissitudes da prática de cooperação vai além do entendimento das relações entre governos. Cabe lembrar que a busca por cooperação para o desenvolvimento passa pela ideia da construção de novos processos de governança global, ou seja, pela coordenação de interesses entre os atores internacionais. Latina e o Caribe (CEPAL) assumem a voz dos países em desenvolvimento, na medida em que sustentam que o subdesenvolvimento é resultado da natureza da relação de interdependência, que ocorreria de forma desequilibrada entre o Norte e o Sul. Para essa corrente de pensamento, a CID pode ser compreendida como um campo político em que o objetivo ou meta é o desenvolvimento através de relações de assimetria, hierarquia e dependência entre os atores, países e regiões envolvidos (MILANI e LOUREIRO, 2013; SANTOS e CARRION, 2012; ULLRICH e CARRION, 2012; ULLRICH, MARTINS e CARRION, 2013). No âmbito internacional, entende-se que as questões de saúde não podem ser encaradas como problemas simplesmente nacionais, verificando-se a necessidade de um paradigma que caracterize a saúde como um verdadeiro bem público global, demandando dos Estados programas de cooperação (FIDLER, 2004), aspecto esse que trataremos na seção seguinte

DESCENTRALIZAÇÃO E ESPAÇOS DE ATUAÇÃO DE ORGANIZAÇÕES DA SOCIEDADE CIVIL
DESAFIOS DA PARTICIPAÇÃO DE ATORES LOCAIS NOS PROCESSOS DE DESENVOLVIMENTO
PARTICIPAÇÃO DAS OSCs NAS POLÍTICAS DE DESENVOLVIMENTO
Políticas Públicas no País Recebedor nas políticas públicas locais
CONSIDERAÇÕES FINAIS
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