Abstract

OBJETIVO: analisar os resultados das avaliações vocais, laríngeas e de autopercepção após tratamento fonoaudiológico em um grupo de professoras disfônicas. MÉTODO: trata-se de estudo retrospectivo com revisão de 42 prontuários de mulheres portadoras de disfonia comportamental, com coleta de dados referente à análise perceptivo-auditiva, acústica, de avaliação laríngea e de protocolo de autopercepção vocal (PPAV) nas situações pré e pós-fonoterapia. As professoras foram atendidas por estudantes do curso de Fonoaudiologia supervisionados por um único profissional. Foram utilizadas terapia direta com a realização de técnicas vocais e indireta com orientação sobre cuidados com a saúde vocal. RESULTADOS: com relação à análise perceptivo-auditiva, 73,8% das vozes foram descritas como melhores após a fonoterapia. Os parâmetros que mais se modificaram foram o grau da disfonia (G) e a rugosidade (R). No que concerne à análise acústica, os parâmetros que melhoraram significantemente após o tratamento foram o jitter, quociente de perturbação de frequência, shimmer e quociente de perturbação de amplitude. A avaliação laríngea demonstrou que 43% das pacientes apresentaram melhora no exame após o tratamento fonoaudiológico; 38% dos exames não sofreram alteração com o tratamento e 19% pioraram no momento da alta. A partir do PPAV, constatou-se melhora estatisticamente significante para todos os domínios no momento pós-fonoterapia, sendo que a maior diferença entre as médias pré e pós-tratamento foi referente ao parâmetro "efeitos no trabalho". CONCLUSÃO: observou-se melhora dos parâmetros perceptivo-auditivos de grau geral da disfonia e rugosidade, nas medidas acústicas de jitter e shimmer, bem como melhora da imagem laríngea e impacto positivo da voz na qualidade de vida das professoras avaliadas após o tratamento fonoaudiológico.

Highlights

  • Hyperfunctional voice disorders may be triggered by ignorance about correct voice use, making useful an inappropriate vocal model and by maintenance of harmful vocal habits[1], characterized as the most common vocal disorder in teachers

  • This work was reviewed by the Research Ethics Committee of the Federal University of Minas Gerais and approved on the report number ETIC 482/08. This is a longitudinal retrospective study using a chart review, in which were yielded data from patients identified as having hyperfunctional dysphonia who were discharged from voice therapy

  • Despite the methodological differences between the studies investigating the outcome of voice therapy, this study is consistent with the findings of other studies in which the positive effects of voice therapy in dysphonia are reported[3,7,20,21]

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Summary

Introduction

Hyperfunctional voice disorders may be triggered by ignorance about correct voice use, making useful an inappropriate vocal model and by maintenance of harmful vocal habits[1], characterized as the most common vocal disorder in teachers.

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