Abstract

A presente investigação teve como principal objetivo compreender a perspetiva dos pais acerca da sua experiência e participação no ACT-Raising Safe Kids (RSK), um programa parental universal que visa prevenir a violência na infância. Realizaram-se entrevistas semiestruturadas presenciais a 10 pais (9 mães e 1 pai) de crianças entre os 3 e os 8 anos. Recorreu-se à análise de conteúdo e a procedimentos de estatística descritiva para analisar os dados obtidos. Os resultados indicaram que os pais decidiram participar no programa porque necessitavam de resolver problemas específicos e pretendiam aumentar conhecimentos, melhorar competências parentais e partilhar experiências. Após a participação no ACT-RSK, os pais reportaram uma maior consciência do seu comportamento, adequação das suas expetativas e aquisição de informação. Os participantes percecionaram um aumento da capacidade de autorregulação e autoeficácia e do uso de práticas parentais positivas. A mudança parental resultou na melhoria da capacidade de autorregulação, consciência das regras e redução dos problemas de comportamento dos filhos. Relativamente à implementação do ACT-RSK, os pais valorizaram os conteúdos abordados e a pertença ao grupo. Contudo, os participantes identificaram barreiras pessoais e do programa, tais como a falta de disponibilidade e o facto de considerarem algumas sessões menos úteis. Neste estudo, são discutidas as implicações dos resultados e apresentadas futuras linhas de investigação.

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