Abstract

A História assume-se como a ciência que pretende reconstruir as realidades do passado procurando explicar as razões, as motivações e as intenções das ações e das interações entre os diversos seres humanos nos diferentes segmentos temporais, bem como dar sentido ao todo da experiência histórica em que o “eu” e o “nós” se vai reconstruindo dinamicamente no fluir temporal. Este estudo quantitativo-descritivo e interpretativo procura compreender o que é que os jovens, em diferentes estádios de formação (final do ensino básico, secundário e no mestrado de ensino de História), entendem e que ideias expressam sobre o que é a História e como esta pode ser útil para a sua vida prática. Aplicou-se um questionário, em formato online (google form) a um universo de 93 participantes (amostragem estratificada e de conveniência), estudantes de final de ciclo de estudo, em que se pedia para responder, de forma aberta, a duas questões: “Indique três palavras que podem resumir o que é para si História” e “Indique três palavras em que indiques para que serve a História”, justificando. A análise dos dados evidenciou que a maioria dos estudantes do 3.º CEB e do ensino secundário expressam uma ideia de História em linha com uma consciência histórica tradicional e exemplar, considerando que o estudo do passado é relevante para a obtenção de conhecimento, de cultura e de lições e erros. Alguns estudantes do ensino secundário considerando a História relevante como ciência, e os estudantes do ensino superior a relacionam com a memória e como essencial para a formação da consciência histórica e da identidade. Os resultados apontam para a necessidade de articular a formação dos estudantes de diferentes ciclos de estudo com as propostas emanadas da investigação na área da Educação Histórica em maior sintonia com as orientações curriculares. 

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